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África atinge marca de três milhões de casos de coronavírus

EFE
10 de janeiro de 2021

O continente africano quebrou a barreira dos três milhões de casos de coronavírus e tem quase 72 mil mortes pela Covid-19, de acordo com contagem independente da universidade John Hopkins.

Symbolfoto Coronavirus
A África do Sul  enfrenta uma segunda onda mais agressiva, em parte devido à presença de uma variante do coronavírus, conhecida como N501Y.Foto: picture-alliance/Geisler-Fotopress

A situação mais complicada é a da África do Sul, que tem 40,3% das infeções registradas até agora, além de 32.824 óbitos causados pelo vírus SARS-CoV-2.

"O número de casos aumentou rapidamente nas últimas semanas", declarou o diretor do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, John Nkengasong.

"Devemos fortalecer a vigilância da comunidade e do porto de entrada e aumentar o cumprimento das medidas de saúde pública: lavar as mãos, usar máscaras, manter o distanciamento social e evitar grandes reuniões", completou.

Enfermeira em atendimento num hospital em África (foto de arquivo).Foto: RODGER BOSCH/AFP

Variante do coronavírus

A África do Sul  enfrenta uma segunda onda mais agressiva, em parte devido à presença de uma variante do coronavírus, conhecida como N501Y, que os cientistas dizem ser mais transmissível e está por trás das mais de 110 mil infecções registradas somente na última semana.

O país do sul é seguido pelo Marrocos, com quase 500 mil infeções, Tunísia (quase 155 mil), Egito (147.810) e Etiópia (127.572), embora outras nações que haviam conseguido conter uma primeira onda também estejam sofrendo novos surtos, como Zimbábue e Suazilândia, onde os governos endureceram as restrições.

Na última terça-feira, o Zimbabué adotou um toque de recolher nacional das 18h às 6h, e no mesmo dia estabeleceu um recorde de mais de 1,3 mil casos em 24 horas, segundo o ministro da Saúde, John Mangwiro. Ele descreveu o país inteiro como um "ponto quente" para a transmissão.

Os cientistas sul-africanos esperam entender nas próximas duas semanas como as vacinas são eficazes na neutralização da nova cepa, embora um estudo preliminar da Pfizer e da Universidade do Texas sugira que eles possam ser capazes de criar anticorpos.

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