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África do Sul prepara-se para o maior funeral do mundo

Jan-Philipp Schlüter9 de dezembro de 2013

As celebrações fúnebres do ex-presidente Nelson Mandela começam esta terça-feira em Joanesburgo, África do Sul. São esperados 70 chefes de Estado de todo o mundo e milhares de pessoas em várias localidades do país.

Foto: Reuters

"Será o maior funeral do mundo", garantiu na televisão sul-africana Mac Maharaj, porta-voz presidencial e um velho camarada de Nelson Mandela.

A menos de 24 horas do início das cerimónias fúnebres, muitos líderes já iniciaram a viagem em direção a África do Sul. Mais de 80.000 pessoas são esperados no estádio do Mundial de 2010 em Soweto. Quanto a jornalistas, aguardam-se mais de 2.000.

“Haverá enormes desafios, mas vamos superá-los com muita autoconfiança. E, no final, seremos capazes de dizer: África do Sul, geraste um filho maravilhoso. E África do Sul, demos-lhe a melhor despedida de sempre”, diz Mac Maharaj.

Milhares de pessoas deverão reunir-se nos estádios do país para dizer o último adeus ao primeiro Presidente negro da África do SulFoto: Alexander Joe/AFP/Getty Images

160 cerimónias oficiais

Há mais de 160 cerimónias oficiais agendadas em todo o território sul-africano. O Parlamento em Pretória está também a organizar uma reunião especial para o adeus a "Madiba".

O cortejo fúnebre do antigo presidente sul-africano vai percorrer as ruas da capital, Pretória, durante três dias consecutivos, entre quarta (11.12), quinta (12.12) e sexta-feira (13.12). O funeral de Estado acontece no domingo (15.12), em Qunu, na província de Cabo Oriental.

“Eu acho que não temos nenhuma experiência deste género, para ser honesto. É um evento sem precedentes. Tivemos Oliver Tambo e outros membros icónicos da batalha pela liberdade, mas isto é um evento sem precedentes”, afirma um sul-africano.

África do Sul prepara-se para o maior funeral do mundo

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Milhares de pessoas peregrinam em direção à casa de Mandela, em Joanesburgo, para uma despedida pessoal. Na rua em frente, há um mar de ramos de flores coloridas, velas e cartas de despedida. Na televisão e na rádio, os antigos companheiros lembram a convivência com o ícone da África do Sul.

Nobaka Mbeki, mãe do ex-presidente Thabo Mbeki, tem 96 anos anos e conhecia Mandela há mais de 60. Via-o como um irmão.

“Sinto-me deprimida por um lado, mas por outro é melhor para ele, ele estava doente há muito tempo. Ele era um homem excecional. Para ele, todos eram iguais. Ele podia lidar com as pessoas mais poderosas e também com os mais simples", recorda Nobaka Mbeki.

Altas figuras de Estado presentes

Angola estará representada nas cerimónias fúnebres de Nelson Mandela pelo vice-Presidente da República, Manuel Vicente. De Cabo Verde, o líder máximo Jorge Carlos Fonseca já está em trânsito em direção a Joanesburgo. Os presidentes de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, e do Brasil, Dilma Rousseff também já informaram que vão estar na cerimónia oficial. Assim como Cavaco Silva, Presidente da República de Portugal. Também o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, desloca-se na terça-feira a África do Sul. Xanana Gusmão, primeiro-ministro de Timor-Leste, já fez saber que vai marcar presença nas cerimónias.

Michelle e Barack Obama são igualmente esperados em Joanesburgo. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente alemão Joachim Gauck e o presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso serão outras das altas figuras presentes no evento.

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