O surto epidémico de ébola no centro do Uganda já provocou nove mortos em duas semanas, anunciaram hoje as autoridades sanitárias. A febre hemorrágica é transmitida aos humanos por animais infetados.
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Um anterior relatório do Ministério da Saúde do Uganda dava conta de sete mortos devido ao vírus ébola muitas vezes fatal, mas para o qual existem vacinas e tratamentos. A febre hemorrágica é transmitida aos humanos por animais infetados.
De acordo com uma publicação hoje na rede social Twitter, o Ministério da Saúde revela que dois novos casos foram identificados, elevando o número total de casos desde o início da epidemia para 43 e o número de mortes para nove. Cerca de 882 casos de contacto foram reportados.
A ministra da Saúde, Jane Ruth Aceng Ocero, anunciou no sábado a primeira morte de um médico devido ao ébola.
O Presidente Yoweri Museveni descartou na semana passada qualquer bloqueio, dizendo que o país tinha capacidade para conter o surto.
Saúde em África: Como se pode proteger do ébola
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Surtos de ébola frequentes
O Uganda já registou anteriormente surtos de ébola, uma doença que matou milhares de pessoas em toda a África desde a descoberta em 1976 na vizinha República Democrática do Congo.
As autoridades ugandesas anunciaram em 23 de setembro a morte de um homem de 24 anos por ébola na região central de Mubende, a primeira desde 2019.
O caso do falecido veio de uma cepa "relativamente rara" designada sudanesa, que não era relatada no Uganda desde 2012, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A transmissão humana é através de fluidos corporais, sendo os principais sintomas febre, vómitos, hemorragias e diarreias.
As pessoas infetadas só se tornam contagiosas após o início dos sintomas, após um período de incubação que varia de dois a 21 dias.
A doença tem seis estirpes diferentes, três das quais (Bundibugyo, Sudão, Zaire) já causaram grandes epidemias.
As doenças que os animais transmitem
Lidar com os animais de estimação nem sempre é tarefa fácil. Cães e gatos são companhias divertidas para crianças e adultos. Mas atenção: Os animais podem ser portadores de doenças perigosas.
Foto: Fotolia/pitrs
O perigo voador
Os morcegos são considerados os transmissores iniciais do vírus do Ébola. Os humanos são infetados pelo contacto direto com os morcegos ou com animais que foram infetados pelos morcegos. Uma vez estabelecida a infeção humana, a doença pode-se também disseminar entre determinada população. Não se vislumbra ainda uma solução.
Foto: picture-alliance/dpa
Varíola das vacas
Esta doença atinge sobretudo as vacas. Mas os agentes patogénicos podem atingir todos os mamíferos, inclusive o ser humano. Na Alemanha não existe, no mercado, nenhuma vacina específica contra a varíola da vaca. Mas, em princípio, quem está vacinado contra a varíola humana goza de uma certa proteção. No passado a varíola da vaca atingia sobretudo as mãos de quem mungia as vacas.
Foto: Witolld Janczus
Perigo “picante”
Hoje em dia é muito fácil viajar entre diferentes continentes. Essa facilidade não se aplica apenas a seres humanos, mas também a animais. O “mosquito tigre” asiático também viaja e uma picadura desse inseto poderá ter graves conseqüências. O mosquito tigre transmite, nomeadamente, a febre do dengue.
Foto: picture alliance/Mary Evans Picture Library
Febre dos papagaios
Trata-se de uma doença infecciosa causada por clamídias que atinge sobretudo crianças e pessoas frágeis. Papagaios, periquitos, pombos, galinhas, canários, faisões, perus, etc., podem infectar-se e transmitir a doença. Os excrementos das aves, secos e transformados em pó, inalados pelos seres humanos, podem constituir um perigo grande para a saúde.
Foto: Proaves
A “raiva” da raposa
Até 2008 a raiva existia também na Alemanha: uma doença perigosa que era sobretudo transmitida por raposas. Mas a raiva foi eliminada na sequência de intensas campanhas de vacinação. A doença era normalmente fatal, mas hoje o perigo de contágio já é muito reduzido na Europa, em especial na Alemanha.
Foto: imago/blickwinkel
O gato, ser enigmático
A “doença dos gatos” é transmitida através da mordida ou arranhadura do gato contaminado com o fungo causador. Os gatos, própriamente ditos, podem ser portadores da doença durante anos, sem adoecerem. Na Alemanha estima-se que cerca de 13 por cento dos gatos estejam infetados. Os seres humanos, uma vez infetados, poderão ser atingidos por febres altas e inchamento das glândulas.