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Época chuvosa já matou 117 pessoas em Moçambique

Lusa
8 de março de 2023

Segundo o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, as intempéries afetaram já, desde outubro, mais de 273 mil pessoas.

Mosambik I Tropischer Wirbelsturm Freddy trifft Beira und Inhambane
Foto: Luciano da Conceição/DW

A atual época chuvosa em Moçambique, que decorre desde outubro até abril, já matou 117 pessoas, disse no parlamento, esta quarta-feira (08.03), o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita. 

Descrevendo como "devastador" o impacto das cheias e ventos, Carlos Mesquita, que falava durante a sessão de respostas do Governo às perguntas das três bancadas da Assembleia da República, estimou que as intempéries já tenham afetado mais de 273 mil pessoas.

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O ministro apontou ainda a destruição total de mais de 26 mil casas (habitações precárias de autoconstrução, na sua maioria) e prejuízos noutras 18 mil. 

Ao nível da agricultura e pecuária, há a registar a perda de 72 mil hectares de culturas, de mais de mil bovinos e 31 mil.

Impactos na educação

O mau tempo afetou igualmente mais de mil escolas, impedindo de estudar, provisoriamente, mais de um milhão de alunos.

Dezenas de unidades de saúde e embarcações também foram destruídas. 

Carlos Mesquita apontou a ocorrência de chuvas fortes em fevereiro, agravadas pelas descargas nas barragens dos países vizinhos, e a tempestade severa como fatores que contribuíram para as mortes e danos registados na atual época chuvosa.

Entre outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, sujeita à passagem de tempestades e, ao mesmo tempo, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral.

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