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Advogado da família de Guebuza nega detenção

Lusa
3 de setembro de 2024

Advogado da família do ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza nega ter sido detido. Chivale afirmou que foi voluntariamente à Procuradoria-Geral da República e "não sob custódia".

Alexandre Chivale, advogado da família do ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza
Alexandre ChivaleFoto: privat

O advogado da família do ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza, Alexandre Chivale, negou que tenha sido detido na segunda-feira. Chivale afirmou que foi à Procuradoria-Geral da República voluntariamente e "não sob custódia".

"Saí a conduzir no meu próprio carro, sem custódia de ninguém, fui à procuradoria, cheguei lá e falei com a procuradora-chefe", disse o advogado em declarações ao canal privado TV Sucesso. Chivale afirmou que a magistrada lhe disse para ir ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, para se inteirar de um processo-crime sobre desobediência.

"Disse [à procuradora-chefe] que ainda bem que tomei conhecimento deste processo, porque houve uma notificação, constituí advogado e o advogado interpôs recurso", acrescentou.

De acordo com a Lusa, fontes da Procuradoria-Geral da República e do Serviço Nacional de Migração disseram segunda-feira que Chivale foi detido, por algumas horas, em Maputo, numa repartição do Estado, para onde se tinha dirigido para tratar do seu passaporte, na sequência de um mandado judicial pelo crime de desobediência.

O alegado crime remonta a 2022 quando o advogado se recusou a comparecer em tribunal, como declarante no processo das dívidas ocultas, em que era defensor de Ndambi Guebuza, filho mais velho de Armando Guebuza e arguido no caso.

Ndambi Guebuza numa das sessões de julgamento do processo das dívidas ocultas.Foto: Romeu da Silva/DW

Chivale negou que tenha fugido do país, após a instauração do aludindo processo por desobediência, referindo que foi ao estrangeiro passar férias, porque não descansava desde que foi constituído advogado da família de Armando Guebuza, no processo do homicídio, em 2016, de Valentina Guebuza, filha do antigo Presidente da República.

"Saí porque precisava descansar”

"Eu saí do país porque precisava de descansar”, afirmou "Desde a morte da Valentina [Guebuza], em 2016, que eu nunca tive descanso nenhum”, insistiu, para sublinhar que não fugiu da justiça.

Sem dar detalhes, Alexandre Chivale alegou que havia um "plano macabro" para o esfaquear mortalmente na cadeia, caso tivesse sido preso. "O plano macabro que existia era de me prender para criar uma rixa na cadeia e alguém havia de me esfaquear”, afirmou em alusão à alegada pretensão de o matarem.

Chivale considerou "ilegal" que o tribunal que julgou o processo das dívidas ocultas o tenha afastado da função de advogado e o tenha tornado declarante, o que originou depois o processo sobre desobediência.

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