O trabalhador humanitário alemão Jörg Lange - mantido refém no Sahel há mais de quatro anos e meio - foi libertado, fez saber, este sábado (10.12), a Help, organização humanitária alemã para a qual trabalha.

"Estamos muito aliviados e gratos por o nosso colega Jörg Lange poder regressar à sua família após mais de 4 anos e meio", disse, em comunicado, Bianca Kaltschmitt, diretora administrativa da organização Help, não detalhando pormenores sobre como ou onde o engenheiro de 63 anos foi libertado.

Na mesma nota, a ONG agradeceu ao Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão e às autoridades do Mali, Níger e outros países vizinhos pela ajuda na sua libertação.

Segundo o jornal alemão Der Spiegel, que cita fontes de segurança, Lange encontra-se "de boa saúde, dadas as circunstâncias". E será repatriado num avião do exército alemão.

O trabalhador humanitário foi raptado por homens armados a 11 de abril de 2018, no Níger, numa região perto da fronteira com o Mali, frequentemente atingida por ataques jihadistas.

O seu condutor nigeriano foi libertado pouco tempo depois, mas de acordo com os meios de comunicação alemães, Lage foi vendido ao grupo armado do Estado Islâmico (IS). As mesmas fontes relatam que os raptores procuraram um resgate de sete dígitos e instaram Berlim a não tentar arrastar as negociações.

O governo considerou o destacamento de forças Especiais (KSK), a tropa de elite das Forças Armadas alemãs, para libertar Lange, mas decidiu que a operação seria demasiado arriscada, escreveu o Der Spiegel.