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UA e Alemanha colaboram num programa para jovens de África

Dirke Köpp / Carole Assignon1 de julho de 2016

A Alemanha e a União Africana (UA) querem aproximar os jovens. Foi lançado na quinta-feira (30.06.) um programa de intercâmbio destinado a jovens africanos e alemães.

Foto: picture-alliance/dpa

Esse programa é o resultado de uma colaboração entre a União Africana e o ministério alemão da Cooperação Económica e Desenvolvimento, BMZ.

A iniciativa, descrita pelas autoridades alemãs como "uma nova parceria com África" , foi lançada em Bona, na Alemanha e tem um objetivo claro, de acordo com o ministro alemão para a Coopperação Económica e Desenvolvimento, Gerd Müller:

"Temos de juntar os jovens. Da Alemanha, da Europa e de África. África é um continente cem vezes maior que a Alemanha, com 3 mil línguas e uma diversidade incrível de culturas, povos e paisagens. E eu gostaria que a juventude alemã se aproximasse mais deste continente para fazer trocas escolares, universitárias, comunitárias, mas também no plano cultural e desportivo".As alterações climáticas, o combate à pobreza e a imigração foram alguns dos temas-chave na apresentação da iniciativa germano-africana.

Construir pontes com respostas inovadoras

Com o programa juvenil, os responsáveis pretendem "construir pontes para enfrentar os desafios": "São questões de sobrevivência para África e para o mundo em geral. Uma delas é a segurança alimentar. A população mundial aumenta diariamente em cerca de 250 mil pessoas e a população africana vai duplicar nos próximos 30 anos. Depois, há a questão do emprego, do futuro. África precisa todos os anos de 20 milhões de postos de trabalho para os mais jovens", disse o ministro alemão do Desenvolvimento, Gerd Müller:, para em seguida concluir que se trata de "um desafio mas também uma oportunidade para a Europa e a Alemanha. A resposta deve ser inovadora. Se não reagirmos, pagaremos um preço elevado. O movimento de refugiados, milhões de jovens africanos em busca de novas oportunidades, é apenas um sinal".

Por ano, 20 mil jovens deverão participar nos programas de intercâmbio e trabalho voluntário.

Primeira seleção foi feita
Para já, foram selecionados três países africanos para participar no projecto : o Benim, a África do Sul e a Tanzânia.

Martial De-Paul Ikounga, comissário da União Africana responsável pelos recursos humanos, tecnologia e ciências, acredita que a iniciativa poderá inspirar outros projectos em África. E destacou a importância da Iniciativa Juventude germano-africana na conjuntura actual:

"A iniciativa veio de uma observação simples : grande parte dos refugiados africanos são jovens. E surge a pergunta : o que podemos fazer em conjunto ? Não só os países que acolhem refugiados mas também os países de origem. Trabalhámos um ano nesta iniciativa. Resta dar início ao programa para colhermos os frutos".

Nos três primeiros anos do programa, o BMZ deverá fazer intercâmbios em vários domínios com os países-piloto para, de seguida, entrar em contacto com outros países, como o Gana, o Uganda ou o Ruanda.

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Martial De-Paul Ikounga, comissário da UA responsável pelos recursos humanos, tecnologia e ciênciasFoto: picture-alliance/dpa/M. Gambarini
Gerd Müller, ministro alemão para a Cooperação Económica e DesenvolvimentoFoto: picture-alliance/dpa/E. Elsner


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