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PolíticaAlemanha

Alemanha afasta cenário de escassez de gás

Lusa
8 de janeiro de 2023

A Agência Federal de Redes da Alemanha (Bundesnetzagentur) afastou hoje o cenário de uma escassez de gás durante este inverno, mas defendeu a necessidade de manter o esforço de poupança, notícia a agência Efe.

Deutschland I Rosneft unter Treuhandverwaltung - Raffinerie PCK Schwedt
Foto: Annette Riedl/dpa/picture alliance

"Ainda que exista sempre uma margem de risco, não previmos que alguma coisa possa correr mal durante este inverno", afirmou o diretor da Bundesnetzagentur, Klaus Müller, em declarações ao jornal alemão 'Bild am Sonntag'.

O responsável estimou que no final do inverno os depósitos de gás estarão a 50% da sua capacidade total, estando neste momento com níveis de 90%.

O Governo alemão tinha estabelecido como meta que os depósitos estivessem em fevereiro com níveis de 40%.

"Nunca se pode descartar algo por completo, mas a possibilidade de não alcançarmos essa meta é irrealista", apontou Klaus Müller.

Apesar deste otimismo, o diretor da Agência Federal de Redes da Alemanha defendeu a necessidade de manter o esforço de poupança de gás, considerando que a postura contrária "sairia muito cara" e seria "não solidária".

O Governo alemão tinha estabelecido como meta que os depósitos estivessem em fevereiro com níveis de 40%Foto: Oliver Berg/dpa/picture alliance

"Um aumento do consumo de gás conduziria a um aumento dos preços para as indústrias muito dependentes da energia que, depois de verem os seus gastos aumentar exponencialmente no verão, podem agora recuperar", argumentou.

Na perspetiva de Klaus Müller, o cenário aponta para que se tenha atingido um nível de preços que possam manter nos próximos dois anos, ainda que existam, pelo menos, três fatores de risco, nomeadamente que o próximo inverno seja rigoroso, o aumento do consumo de energia na China e as possíveis ameaças a infraestruturas de gás.

Na sequência da guerra na Ucrânia, a Alemanha implementou uma estratégia para substituir o gás proveniente da Rússia, que representava 60% do consumo.

Essa estratégia incluiu um apelo à poupança, a criação de uma infraestrutura para gás liquefeito e a substituição de energia gerada por centrais a gás por outras fontes de energia.

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