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Alemanha apoia projetos de paz em Moçambique

29 de março de 2023

Berlim disponibilizou mais de 27 milhões de euros para financiar projetos de paz e segurança na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Apoio destina-se sobretudo a grupos vulneráveis, vítimas do terrorismo.

Foto de arquivo
Foto: Roberto Paquete/DW

O Governo alemão acaba de anunciar o desembolso de 27,5 milhões de euros para projetos de paz e segurança na província nortenha de Cabo Delgado, que é assolada pelo terrorismo.

Os projetos incluem a assistência a deslocados dos ataques armados, em particular para grupos mais vulneráveis como mulheres, adolescentes e crianças. No norte de Moçambique, há mais de 900 mil pessoas deslocadas, o que dificulta o acesso a serviços básicos

"É por essa razão que nos centramos particularmente nestes grupos que desempenham um papel central da nova estratégia africana do Ministério Federal para a Cooperação Económica e Desenvolvimento, enquanto agentes de mudança", diz o embaixador da Alemanha em Moçambique, Lothar Freischlader. 

O diplomata indica que os projetos deverão ser implementados pela UNICEF e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Presidente do conselho de administração da ADIN, Armindo Ngunga (esq.), e embaixador da Alemanha em Moçambique, Lothar Freischlader (centro)Foto: R. da Silva/DW

"Há vários anos que temos vindo a cooperar com estas organizações humanitárias em prol do desenvolvimento do país", afirma Freischlader, "razão pela qual estamos confiantes que não poderíamos ter escolhido melhores parceiros de implementação para esta causa tão nobre e tão impactante na vida dos mais vulneráveis."

Ajuda a retornados

O presidente do Conselho de Administração da ADIN, Agência para o Desenvolvimento Integrado do Norte, Armindo Ngunga, lembrou que o cenário militar em Cabo Delgado está a melhorar, "e consequentemente já há pessoas que estão a regressar às suas zonas de origem."

Ainda assim, os desafios persistem. "Se tínhamos desafios enquanto elas eram pessoas deslocadas, agora temos desafios enquanto pessoas retornadas", diz Ngunga.

Só ao distrito de Mocimboa da Praia regressaram já mais de 118 mil pessoas, segundo dados das autoridades locais. Mas há muitas zonas onde as condições ainda não estão boas, acrescenta Ngunga.

Os regressados encontram muitas infraestruturas básicas e residências destruídas: "Neste recomeçar, os serviços básicos como saúde, educação água, energia, saneamento são fundamentais para que as pessoas possam retornar normalmente à vida que temos levado avante."

Em novembro passado, o Governo alemão comprometeu-se a apoiar Moçambique com 199 milhões de euros, para o desenvolvimento social e económico do país.

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