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Criminalidade

Alemanha e França unem-se contra extremismo islâmico

AFP | EBU | Reuters | Abdoulaye Mamane Amadou | mjp
1 de agosto de 2017

Alemanha e França consideram que criação de força militar internacional será a esperança da África Ocidental para derrotar o radicalismo. Governantes dos dois países estiveram no Níger e no Mali.

Ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen (dir.), com homóloga francesa Flaurence Parly de visita a NiameyFoto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen

Após um encontro com o Presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, na capital Niamey, a ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, garantiu que a Alemanha está bem posicionada para apoiar o desenvolvimento da força G5 Sahel, composta por tropas do Mali, Mauritânia, Burkina Faso, Níger e Chade.

Neste sentido, esta segunda-feira (31.07), a governante alemã anunciou o fornecimento de equipamento militar ao Níger no valor de 5 milhões de euros para apoiar a luta contra o extremismo islâmico na região.

"Disponibilizámos, por exemplo, camiões, motorizadas e telefones de satélite para a mobilidade e a comunicação, mas também discutimos a força conjunta do G5 Sahel e a forma como podemos apoiar esta força", disse von der Leyen. "Para nós, alemães, é muito importante investir na segurança e no desenvolvimento."

Alguns observadores consideram que a nova força internacional - que deverá estar no terreno até 2018, contando com 5 mil soldados - poderá lançar as bases para uma eventual estratégia de retirada das 4 mil tropas francesas que se encontram atualmente na região. Mas França já afirmou que não tem planos para a retirada dos soldados e a ministra da Defesa, Florence Parly, voltou a deixar esta garantia em Niamey: "Queremos prosseguir ativamente com esta cooperação com o Níger, porque estamos convencidos de que é esta força G5 Sahel que vai encontrar a solução para os problemas da região. Mas a Operação francesa Barkhane continuará ao lado desta força."

Ministra da Defesa Ursula von der Leyen visita tropas da Alemanha no NígerFoto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen

À procura de parceiros e financiamento

Numa conferência de imprensa conjunta na nova sede da força do G5 Sahel, em Niamey, as ministras da Defesa francesa e alemã sublinharam a necessidade de encontrar outros parceiros para avançar com a força militar conjunta.

Antes de deixar o Níger, a ministra alemã da Defesa afirmou que Itália, Espanha e outros países já demonstraram interesse nesta parceria. A União Europeia anunciou uma ajuda de 50 milhões de euros e França prometeu contribuir com 8 milhões até ao final de 2017. A força internacional deverá custar entre 400 a 500 milhões de euros por ano. Paris quer as tropas no terreno já em outubro.

Segundo Florence Parly, França e Alemanha preparam-se para angariar apoio financeiro. A ministra francesa da Defesa anunciou que será realizada, em meados de setembro, uma conferência de doadores em Berlim.

Alemanha e França unem-se contra extremismo islâmico

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Mais dinheiro para desenvolvimento

Para além do combate ao extremismo islâmico, também a imigração ilegal e o tráfico de pessoas estiveram na agenda da visita ao Níger, um dos países de trânsito para os migrantes que tentam chegar à Europa. Segundo dados da ONU, em 2016, cerca de 330 mil pessoas passaram pelo Níger na travessia para o continente europeu.

"Tivemos uma conversa muito construtiva com o Presidente do Níger sobre a parceria na luta contra o terrorismo e a estabilização da região, mas também sobre o combate ao tráfico de pessoas e o crime organizado e a criação de perspetivas de desenvolvimento económico, para que as populações possam ter um futuro no seu país", afirmou a ministra alemã da Defesa.

Esta terça-feira, Ursula von der Leyen regressa ao Mali, onde esteve no domingo para participar nas cerimónias fúnebres de dois soldados alemães da missão de paz da ONU mortos num acidente de helicóptero em Gao. A visita da ministra da Defesa alemã à África Ocidental termina em Bamako, novamente ao lado da homóloga francesa. Na agenda estão encontros com as autoridades malianas e dirigentes da MINUSMA, a missão das Nações Unidas no país.

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