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PolíticaAlemanha

Alemanha: Novo chanceler promete dias melhores

António Cascais
8 de dezembro de 2021

Olaf Scholz foi eleito esta quarta-feira (08.12) pelo Parlamento alemão (Bundestag), chanceler da Alemanha. O social-democrata sucede à conservadora Angela Merkel.

Deutschland Bundestag | Vereidigung Olaf Scholz
Foto: John MacDougall/AFP/Getty Images

Scholz "passou” com os votos do seu partido – o SPD e os aliados na coligação governamental - verdes e liberais que compõem a maioria no Parlamento.

De 63 anos, o até agora vice-chanceler e ministro das Finanças - sucede no cargo à conservadora Angela Merkel, que passa o poder após 16 anos – ou seja nada menos de 5860 dias - no Executivo germânico.

Olaf Scholz assume o Governo de um país em profunda crise. Uma crise económica, que tem a ver – sobretudo - com a pandemia da Covid-19, que está longe de ser ultrapassada.

Há também grandes desafios nos campos da imigração, e problemas ao nível das infra-estruturas, ou seja, nas redes digitais, na distribuição de energia, no setor da saúde, no setor do ensino.

Angela Merkel (esq.) deixa o Executivo alemão 16 anos depois Foto: Fabrizio Bensch/REUTERS

Mas o novo chanceler prometeu tudo fazer para tirar rapidamente o país desta profunda crise: "Vamos recorrer a todos os métodos necessários para ultrapassar os problemas e colocar à disposição todos os meios financeiros disponíveis, pois o objetivo é saír rapidamente desta difícil situação”.

União e espírito de equipa

No início do ano corrente, apenas poucos observadores acreditavam que o SPD de Olaf Scholz viria a ser o partido mais votado nas legislativas de setembro.

Na altura apenas se discutia se o próximo chanceler seria Armin Laschet, do partido cristão-democrata, ou Annalena Baerbock, dos Verdes, pois eram estes os partidos que lideravam nas sondagens.

Os social-democratas de Olaf Scholz eram colocados apenas em terceiro plano, com resultados a rondar os 15 por cento nas sondagens.

Olaf Scholz lembrou há dias que vale a pena acreditar, pois o seu partido foi subindo palmo a palmo e acabou em primeiro lugar, nas eleições de setembro com 25,7% dos votos, empurrando a CDU de Angela Merkel para segundo lugar com 18,9 por cento. Os Verdes obtiveram 14,8% e o FPD 11,5%.

"Unimo-nos e criámos um espírito de equipa no seio do nosso partido”, revelou o social-democrata que lembra agora: "Dissemos que queríamos vencer e finalmente – camaradas – vencemos, de facto, as eleições para o parlamento federal”.

O novo Executivo alemão tem 16 ministrosFoto: Bernd Von Jutrczenka/dpa/picture alliance

Composição do Governo

Três partidos formam a coligação governamental de Olaf Scholz, o SPD social-democrata, os Verdes ecologistas e os liberais do FDP.

O novo Governo terá, ao todo, 16 ministros, 8 homens e 8 mulheres, sendo que o presidente dos liberais, Christian Lindner será o ministro das finanças, e a dirigente dos Verdes, Annalena Baerbock, ocupará a pasta dos Negócios Estrangeiros.

Muitos observadores são de opinião de que pouco ou nada mudará a nível de política externa e de cooperação com o continente africano.

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