A ministra dos Negócios Estrangeiros Annalena Baerbock reiterou, este domingo (28.08), que a Alemanha continuará a oferecer ajuda militar e financeira à Ucrânia, mesmo que a guerra continue "durante anos".

"Para mim está claro que a Ucrânia defende a nossa liberdade e a nossa ordem pacífica, pelo que continuaremos o apoio financeiro e militar pelo tempo que for necessário", afirmou a titular da pasta dos Negócios Estrangeiros do Governo de Olaf Scholz, em declarações ao diário "Bild".

"Infelizmente, temos de assumir que a Ucrânia vai precisa de armamento pesado dos seus parceiros até ao próximo verão", já que o Governo russo tem "a ideia fixa de fazer cair a Ucrânia e o seu povo", acrescentou Baerbock, frisando que Berlim "fará o que for preciso para que esse objetivo não se concretize".

A diplomata alemã expressou ainda o seu apoio à ambição da Ucrânia de recuperar a Crimeia e recordou que a comunidade internacional não reconheceu a "anexação ilegítima" da península, em 2014, por parte da Rússia.

Na mesma ocasião, Annalena Baerbock rejeitou categoricamente as propostas dos seus parceiros liberais para reativar o gasoduto Nord Stream 2, como solução de emergência face à escassez de gás no país.

A ministra alemã também se mostrou contra o adiamento do encerramento das três últimas centrais nucleares da Alemanha, que, segundo o plano de abandono dessa fonte de energia, deve estar concluído até o final deste ano.