Alemanha reforça contribuição para programas em África
Lusa
23 de setembro de 2017
Governo alemão aumentou em 15 milhões de euros a contribuição para o Fundo Monetário Internacional (FMI) implementar programas de desenvolvimento em África. No total, o país contribui com 30 milhões até 2020.
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A Alemanha reforçou em 15 milhões de euros a contribuição que faz ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que, por sua vez, vai implementar programas de desenvolvimento de capacidades em África. A ajuda alemã passa assim a chegar ao valor de 30 milhões até 2020. "O FMI e o Ministério Federal da Cooperação e Desenvolvimento Económico (BMZ) fortaleceram a sua cooperação no desenvolvimento das capacidades em África", anunciou o Fundo num comunicado de imprensa.
O reforço de 15 milhões "vai tornar a Alemanha num dos maiores parceiros do FMI na região", segundo o comunicado. A diretora-geral da instituição, Christine Lagarde, afirmou que "sob a liderança da Alemanha, a criação de empregos e a redução da pobreza em África tornaram-se prioridades fortes para o G20."
A duplicação da contribuição financeira alemã para os programas de desenvolvimento de capacidades em África, de 15 para 30 milhões de euros até 2020, "vai ajudar o FMI a apoiar os decisores políticos africanos a lidar com os desafios das reformas em áreas críticas para o aumento do investimento e da criação de emprego", conclui o Fundo.
Reunião em Berlim
Em junho, vários líderes africanos foram a Berlim para uma reunião que a Alemanha quis aproveitar para estimular os investimentos no continente africano. O objetivo é de, assim, reduzir o movimento de migrantes deste continente para a Europa.
"Com esta conferência G20 África, oferecemos aos países africanos uma plataforma para entrarem em contato com os investidores e aumentarem a participação do setor privado em África", disse o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schauble, em comunicado difundido em junho.
Chefes de Governo da Alemanha: de Adenauer a Merkel
Desde 1949, a Alemanha teve oito chanceleres: sete homens e uma mulher. A chanceler atual, Angela Merkel, conseguiu um quarto mandato nas eleições legislativas de setembro de 2017.
Foto: picture-alliance-dpa/O. Dietze
Konrad Adenauer (CDU), 1949-1963
A eleição de Konrad Adenauer do partido democrata-cristão CDU como primeiro chefe de Governo da Alemanha, em 15 de setembro de 1949, marcou o início de um longo processo de reestruturação política no país. Reeleito em 1953, 1957 e 1961, renunciou ao cargo apenas aos 87 anos de idade, em 1963. Fortaleceu a aliança com os Estados Unidos da América. Na foto: no seu escritório em Bona.
Foto: picture-alliance/akg-images
Ludwig Erhard (CDU), 1963-1966
O segundo chanceler da Alemanha também pertenceu à CDU, mas esteve apenas três anos no Governo. Erhard renunciou devido ao rompimento da coligação com o partido liberal FDP. Mesmo assim, participou de forma ativa da reforma monetária alemã do pós-guerra. O fumador convicto ficou famoso como "pai" da economia social de mercado ("Soziale Marktwirtschaft") e do milagre económico alemão.
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Kurt Georg Kiesinger (CDU), 1966-1969
Foi eleito por uma grande coligação dos dois partidos CDU e SPD (de esquerda). O seu Governo teve que combater uma crise económica. Kiesinger foi duramente criticado pelo seu passado como membro ativo do partido nacional-socialista NSDAP durante a ditadura fascista na Alemanha. Com a ausência de uma oposição forte no Parlamento, formou-se em 1968 um movimento de protesto estudantil na Alemanha.
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Willy Brandt (SPD), 1969-1974
A onda de protestos teve reflexos nas eleições: Willy Brandt tornou-se no primeiro chanceler social-democrata no pós-guerra. Melhorou as relações com os países comunistas do leste. Durante uma visita à Polónia, ajoelhou-se no monumento pelas vítimas do nazismo no Gueto de Varsóvia. Gesto que ficou famoso como pedido de desculpas. Renunciou ao cargo em consequência de um caso de espionagem.
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Helmut Schmidt (SPD), 1974-1982
Após a renúncia de Brandt, Helmut Schmidt prestou juramento como chanceler. O social-democrata teve de combater o terrorismo do grupo extremista de esquerda RAF. Negou negociar com os terroristas alemães. Enfrentou a oposição por causa do estacionamento de mísseis nucleares dos EUA na Alemanha. Depois da saída do Governo do parceiro FDP (liberais), perdeu um voto de confiança no Parlamento.
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Helmut Kohl (CDU), 1982-1998
Helmut Kohl formou uma nova coligação centro-direita com os liberais. Ficou 16 anos no poder, um recorde. Ficou famoso pela sua teimosia e por não gostar de reformas. Depois da queda do Muro de Berlim, Kohl consegui reunificar as duas Alemanhas, a RFA ocidental e a RDA oriental. Ficou conhecido como "chanceler da reunificação". T ambém é lembrado pelo seu empenho na construção da União Europeia.
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Gerhard Schröder (SPD), 1998-2005
Depois de quatro mandatos de Kohl, o desejo de mudança aumentou. Gerhard Schröder foi eleito primeiro chanceler de uma coligação de esquerda entre o SPD e os Verdes. Durante o seu Governo, o exército alemão, Bundeswehr, teve as primeiras missões no estrangeiro com a participação na guerra no Afeganistão. Reduziu os subsídios sociais, medida que foi criticada dentro do seu partido social-democrata.
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Angela Merkel (CDU), desde 2005
Em 2005, Merkel é eleita como primeira mulher na chefia do Governo alemão. Durante o primeiro e terceiro mandato, governou numa grande coligação com o SPD, no segundo mandato numa coligação de centro-direita com os liberais do FDP. Merkel é conhecida pelo estilo pragmático de liderança. Durante a crise financeira, assumiu um papel de liderança na UE. Em 2017, conseguiu o seu quarto mandato.