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ConflitosAlemanha

Alemanha vai enviar à Ucrânia moderno sistema de defesa

tms | com agências
1 de junho de 2022

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou o envio de um moderno sistema de defesa aérea à Ucrânia. EUA também vão enviar mais armas para frear a invasão russa. Medida foi criticada por Moscovo: "Isto é perigoso".

Severodonetsk, no leste da Ucrânia, tem rasto de destruição deixado pela RússiaFoto: Serhii Nuzhnenko/REUTERS

A Alemanha vai entregar um moderno sistema de defesa aérea à Ucrânia, juntamente com um localizador de radar que pode detetar artilharia, disse o chanceler Olaf Scholz ao Parlamento nesta quarta-feira (01.06).

Berlim planeia entregar à Ucrânia quatro lançadores de mísseis múltiplos a partir dos 'stocks' do exército alemão, em estreita coordenação com os Estados Unidos, segundo avançaram fontes do Governo à agência de notícias DPA.

Os Estados Unidos vão treinar os soldados ucranianos para utilizarem os sistemas.

O objetivo do Governo alemão é assegurar que o Presidente russo Vladimir Putin "não ganhe" a guerra que iniciou na Ucrânia, disse Scholz durante um debate orçamental. "O nosso objetivo é que a Ucrânia seja capaz de se defender e conseguir fazê-lo".

Olaf Scholz: "O nosso objetivo é que a Ucrânia seja capaz de se defender"Foto: Kay Nietfeld/picture alliance/dpa

Críticas ao chanceler

Berlim está a enviar o sistema antimíssil e o sistema de radar de alerta precoce após Scholz ter enfrentado críticas no país e no estrangeiro por não ter fornecido à Ucrânia o armamento pesado de que necessita para repelir os ataques da Rússia.

Essas críticas continuaram esta quarta-feira pelo líder da oposição, Friedrich Merz. As armas pesadas que Berlim já havia prometido ainda não chegaram a Kiev, mais de um mês após o Bundestag ter aprovado uma resolução para prestar ajuda, disse Merz.

Apoio do outro lado do Atlântico

Por seu turno, os Estados Unidos anunciaram, na terça-feira (31.05), o fornecimento à Ucrânia de sistemas de lançamento de foguetes ('rockets') montados em veículos blindados ligeiros, conhecidos pela sigla HIMARS, de "High Mobility Artillery Rocket System".

Estes sistemas têm um alcance de cerca de 80 quilómetros e representam um reforço significativo das capacidades das forças ucranianas, que têm recebido sistemas com um alcance de 40 quilómetros.

Militares ucranianos vão ser treinados pelos EUAFoto: Stringer/AA/picture alliance

O equipamento faz parte de um novo pacote mais amplo de assistência militar dos EUA à Ucrânia no valor total de 700 milhões de dólares (653 milhões de euros, ao câmbio atual), cujos pormenores deverão ser anunciados hoje.

Rússia reage ao apoio do Ocidente

Entretanto, o Governo russo avisou esta quarta-feira que a entrega da novas armas norte-americanas às forças ucranianas "reforça o risco" de um confronto militar entre a Rússia e os Estados Unidos.

"Qualquer entrega de armas que continue, que aumente, reforça o risco de tal desenvolvimento", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo Serguei Ryabkov à agência RIA-Novosti, citado pela agência de notícias francesa AFP.

Riabkov respondia a uma pergunta sobre a possibilidade de um confronto armado entre a Rússia e os EUA após o anúncio de novas entregas de armas a Kiev. O diplomata disse que os apoios dos EUA aos ucranianos visam infligir uma derrota estratégica à Rússia. "Isto é sem precedentes e perigoso", avisou o diplomata.

Avanço no leste ucraniano

As forças russas continuam a avançar no leste ucraniano, com ataques a várias cidades de Lugansk. O governador desta região, Serhiy Haidai, disse esta quarta-feira que os invasores controlam agora 70% cidade-chave de Severodonetsk.

Entretanto, disse que a cidade de Lysychansk permanece "totalmente" sob controlo ucraniano. Lysychansk é a única cidade em Lugansk que não foi tomada pela Rússia ou por separatistas apoiados pela Rússia.   

Moscovo lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo as Nações Unidas, que alertam para a probabilidade de o número real ser muito maior.

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