A reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia segue-se ao pedido do Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy para que os aliados ocidentais enviem mais caças e mísseis de longo alcance.

O encontrp, que marca o primeiro aniversário deste grupo criado e liderado pelos Estados Unidos, e que integra atualmente cerca de 50 países, irá centrar-se-á principalmente na coordenação de esforços para fornecer à Ucrâniao apoio necessário, incluindo a entrega de mais armas e munições.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que também está presente em Ramstein, esteve ontem em Kiev, na sua primeira visita à capital ucraniana desde o início da guerra, a 24 de fevereiro de 2022.

Na reunião que Stoltenberg manteve na quinta-feira (20.04) com Zelensky, o fornecimento de armas de longo alcance foi o tema dominante e o líder da Aliança Atlântica prometeu levar o assunto à reunião de hoje.

O Presidente ucraniano disse que "chegou a hora" de a Aliança convidar a Ucrânia para se juntar à organização. Volodymyr Zelensky pediu também a ajuda da NATO para "superar a relutância" dos aliados em entregar "armas vitais" para Kiev combater Moscovo, uma "linha vermelha" que o Kremlin vê como uma "ameaça existencial".

Tema divide aliados

Nem todos os 50 países envolvidos no Grupo de Contacto estão convencidos sobre a iminência de entregar armas de longo alcance a Kiev, lembrou Stoltenberg a Zelensky.

Também continuam renitentes sobre a entrega de aviões de combate ao exército ucraniano, mesmo que seja unicamente para proteger as cidades ucranianas dos ataques aéreos comandados por Moscovo.

Zelensky instruiu a equipa ucraniana que vai participar na reunião do Grupo de Contacto para que explique as necessidades do exército ucraniano tendo em vista "a preparação de importantes próximas etapas". Palavras que foram interpretadas pelos analistas como uma referência à eventual e futura contraofensiva de Kiev contra as forças russas.

A par das armas de longo alcance, a questão do envio de aviões de combate de última geração voltará a ser discutida neste encontro de Ramstein, com a delegação ucraniana a insistir na criação de uma "coligação de aviões de caça", onde gostariam de ver incluídos os EUA.