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Angola: Académico propõe 10 passos para economia sustentável

14 de julho de 2023

Investigador angolano Issau Agostinho propõe ao Governo em Luanda "10 Passos para Diversificação da Economia Sustentável", num artigo editado no dia 9 deste mês na publicação italiana "Magazine Ilgeopolitico".

Foto: Osvaldo Silva/AFP/Getty Images

"A diversificação da economia angolana é transversal entre a presidência dos Santos e a de Lourenço", escreve o autor Issau Agostinho no início do artigo. O assunto é discutido "há décadas", lembra na sua publicação.

Por isso, sugere 10 passos para uma diversificação sustentável. Em entrevista à DW, Issau Agostinho diz que o objetivo é "provocar a classe empresarial e política sobre quais podem ser os elementos para diversificação da economia angolana".

A partir de Itália, onde reside desde 2011, o cientista político angolano explica as motivações do estudo: "O que me motivou tem a ver com a intenção de provocar a nossa classe intelectual, os nossos empresários, quiçá a classe política sobre quais podem ser os elementos que podem guiar à diversificação da nossa economia. E também para que se saia da lógica da mera diversificação para uma diversificação sustentável".

"Protecionismo estratégico"

Entre os "10 Passos para Diversificação da Economia Sustentável", estão a "mão de obra nacional, qualificada, eficiente e sustentável, maior produtividade, mudança de uma cultura alimentar, promoção das pequenas e medias empresas e protecionismo estratégico".

Sede da Sonangol em Luanda, AngolaFoto: Braima Daramé/DW

"O quinto ponto que eu posso aqui elencar entre os 10 é mesmo a questão também da cooperação entre formação, financiamento e mercado. É importante que a academia participe na diversificação da economia, mas também é importante que na academia havendo inovação a banca deve financiar esta inovação para que possa produzir um produto inovativo a colocar no mercado de consumo ou economia real", salienta.

Sonangol não deve ser privatizada

O especialista em estudos políticos, formado pela Universidade La Sapienza, em Roma, explica por que razão a Sonangol, a petrolífera estatal angolana, não deve ser privatizada.

"É uma razão muito simples: É que a Sonangol é uma das empresas, se não a empresa pública mais importante que o Estado tem. E é uma empresa estratégica. Produz uma commodity bastante importante e, até olhando para os mercados internacionais, as empresas petrolíferas nacionais são empresas geridas pelos respetivos Estados", destaca.

"Pode haver uma melhor eficiência na classe dirigente da empresa, mas o Estado pode manter essa empresa como seu património", conclui.

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