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Angola adquire biolarvicida contra a malária

Lusa
20 de setembro de 2021

Angola recebeu 21 mil litros de biolarvicidas, produto para eliminar larvas de mosquitos, no âmbito da sua estratégia de combate à malária. Doença já provocou mais de 9.000 mortos e 6.000.000 de casos este ano.  

Asiatische Tigermücke
Foto: picture-alliance/dpa/James Gathany/Centers for Disease Control and Prevention's

Uma nota de imprensa do Ministério da Saúde divulgada esta segunda-feira (20.09) refere que o produto foi adquirido na Tanzânia e será distribuído em todos os municípios do país para tratar 21 mil hectares.

Em declarações à imprensa, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, disse que uma das estratégias do Ministério da Saúde é o controlo do mosquito nesta fase, demonstrando "a preocupação do executivo para a redução do impacto da malária sobre a sociedade".

Franco Mufinda referiu que de janeiro a agosto deste ano, o país teve um registo de cerca de 6.000.000 milhões de casos de malária e pouco mais de 9.000 óbitos.

"Comparando com o mesmo período do ano passado, os casos foram de cerca de 5.000.000 e cerca de 8.100 óbitos, sendo que este ano, tivemos alguns surtos nas províncias de Benguela e Huambo, mas também a preocupação premente em Malanje e Cuanza Sul", referiu.

Concentração de lixo em LuandaFoto: DW/A. Pacheco

O governante angolano frisou que além dessa estratégia, "que é primordial", de atacar o mosquito na sua fase larval, é preciso também combater o mosquito na sua fase adulta, através da fumigação, uma atividade que tem sido levada a cabo pelas administrações municipais.

"Há todo um plano estabelecido para se poder distribuir esse produto. A abordagem da malária é uma abordagem multissetorial, sendo que a responsabilidade é individual e deve iniciar-se nas famílias", frisou.

Preciso melhorar gestão do lixo

De acordo com Franco Mufinda, as comissões de moradores devem ajudar na melhor gestão do lixo, dos charcos, onde está o cerne do problema, não esperando pelas autoridades sanitárias, "que estão em último lugar nesta cadeia de responsabilidades, gerindo o doente".

"Nós não devemos esperar que haja doentes de malária, mas sim prevenir que tenhamos mosquitos, esse papel é de todos nós", sublinhou.

A malária é a principal causa de mortes em Angola.

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