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EducaçãoAngola

Encurtamento do ano letivo gera preocupação entre alunos

21 de maio de 2021

Em Angola, o Governo antecipou o fim do ano letivo por causa da Covid-19. Os estudantes receiam problemas que possam advir da medida, enquanto o sindicato entende que a decisão do Executivo foi acertada. 

Angola Corona l Grundschulen nehmen den Unterricht wieder auf
Foto: António Ambrósio/DW

Em Angola, o ano letivo começa em fevereiro e termina em dezembro, mas por causa da pandemia da Covid-19 tudo ficou alterado. As aulas interrompidas em março de 2020 foram retomadas em outubro e o seu término estava previsto para 30 de julho próximo. 

E quando os estudantes de diferentes níveis de enino preparava-se para as provas parcelares, o Governo decidiu antecipar para 30 de junho o fim do presente ano letivo. O motivo foi o aumento de casos de Covid-19, uma medida recebida com surpresa por parte dos estudantes que falam em dificuldades por causa da suspensão das provas parcelares.

A estudante Maria João reclama: "As provas do professor deveriam ajudar-nos no final das coisas. Eu preciso de notas mais altas".

Também o estudante Pedro André está preocupado: "Nós sabemos que as provas dos professores ajudam-nos a ter alguns valores. E não fazermos as provas dos professores vai nos dificultar bastante”.

Transtornos

Com o reajuste do calendário letivo, as classes de transição começam as provas finais na segunda-feira, 24 de maio, ao passo que as restantes classes serão avaliadas a partir de sete de junho. O Governo prevê terminar todo o expediente a trinta do próximo mês.

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O diretor pedagógico do magistério Kimamuenho, Caxito, André Luís, fala em possíveis transtornos: "Criou-nos alguns transtornos porque a comunicação chegou de forma tardia, como diz mesmo é adenda ao calendário reajustado, a gente começou a preparar a partir do momento em que deveríamos realizar as provas do professor, infelizmente, foi anulado, mas há condições para que as provas arranquem sem sobressaltos.”

Sem alternativas

Sobre o encurtamento do ano letivo, os parceiros sociais não terão sido consultados, mas o Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) entende ser uma medida acertada.

O secretário-geral, Admar Jinguma, confirma: "Se nos tivessem consultado nós não teríamos outra alternativa se não dar o nosso aval positivo pela não anulação do ano letivo, porque é um dos cenários que estava sobre a mesa e, portanto, antecipar o seu fecho"

E Jinguma justifica: "Nós temos um país sem alternativas, há um conjunto de coisas que nós não fizemos, que deveríamos fazer, e uma delas é o investimento na educação”.

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