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CNE: MPLA vai na frente da contagem dos votos

25 de agosto de 2022

A CNE divulgou esta madrugada os primeiros resultados provisórios das eleições gerais desta quarta-feira (24.08), que dão vantagem ao MPLA com 60,65% dos votos, seguido da UNITA com 33,85%.

Lucas Quilundo,  porta- voz da CNE
Foto: A. Cascais/DW

De acordo com o porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Lucas Quilundo, os resultados provisórios divulgados na madrugada desta quinta-feira (25.08) correspondem a um total de 33,16% dos votos apurados.

Os resultados apontam para 60,65% para o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, e 33,85% para a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

Os outros partidos concorrentes ainda não conseguiram ultrapassar a barreira dos 2% dos votos, conforme as projeções apresentadas pela CNE.

A UNITA, em conferência de imprensa, já desmentiu os dados apresentados pela CNE.

Abel Chivukuvuku, reagindo os resultados provisórios anunciados pela CNEFoto: Borralho Ndomba/DW

Abel Chivukuvuku, vice-cabeça de lista do partido, diz que a UNITA e o seu candidato Adalberto Costa Júnior estão com uma ligeira vantagem. 

"Os nossos centros de escrutínio e os dados que estão a ser avaliados com actas síntese que estão a ser amplamente partilhadas nas redes sociais, dão claros indicadores provisórios de uma tendência de vitória da UNITA em todo país", afirmou Chivukuvuku, para quem o "Galo Negro" também está a "cantar alto" na diáspora.

"Só em Berlim, na Alemanha, e Joanesburgo, na África do Sul, é que o MPLA está em vantagem, nos restantes países a UNITA está na frente da contagem", disse.

Confiança e tranquilidade

Por outro lado, o também mentor do projeto Político PRAJA-Servir Angola, integrante da Plataforma Frente Patriótica Unida (FPU), disse não estar preocupado com os dados avançados pela CNE.

"Nós apenas estamos a apresentar os indicadores dos dados que temos, da mesma maneira que provavelmente a CNE está a dar também indicadores dos dados que supostamente tem e não é nada definitivo", sublinhou o também candidato a vice-Presidente da República de Angola.

Eleições gerais em AngolaFoto: Simão Lelo/DW

Para já, ainda não é o momento de cantar vitória, mas Abel Chivukuvuku sublinhou que a UNITA está tranquila e confiante na vitória.

Manipulação?

Na noite desta quarta-feira, a Televisão Pública de Angola publicou uma suposta sondagem de tendência de votos que dava vitória ao MPLA com 53% contra 42% da UNITA.

Reagindo este facto, Abel Chivukuvuku lembrou que a lei angolana é clara. Nos dias de votação não se pode publicar sondagens porque "não só é ilegal, é falso e é manipulação".

Nos últimos dias, subiram de tom os temores de uma tensão pós-eleitoral. No entanto, Abel Chivukuvuku prefere ser mais otimista. 

"Ninguém está interessado em distúrbios. Tem que ser pacífico. Temos todos interesse para que tudo corra bem. O mais importante é que respeitemos a vontade do cidadão angolano e depois façamos uma transição pacífica", concluiu.

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