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Angola: 12 milhões de euros para chancelaria na Alemanha

Lusa
31 de agosto de 2018

O Presidente angolano, João Lourenço, aprovou a construção de uma chancelaria de Angola na Alemanha, avaliada em quase 12 milhões de euros. Empreitada ficará a cargo da empresa alemã Ed Zublin AG Stuttgart.

Decreto foi aprovado na semana da visita do Presidente angolano à Alemanha, onde se encontrou com a chanceler Angela MerkelFoto: pictue-alliance/dpa/B. von Jutrczenka

O projeto integra o acordo-quadro de financiamento celebrado em 2016 entre o Governo angolano e o banco alemão KfW IPEX-Bank GMBH, no montante de 500 milhões de dólares (427,8 milhões de euros ao câmbio atual).

De acordo com o decreto presidencial n.º 111/18, de 24 de agosto, aprovado na mesma semana da visita do Presidente angolano à Alemanha, a empreitada ficará a cargo da empresa alemã Ed Zublin AG Stuttgart.

Segundo o documento, a que a Lusa teve hoje acesso, a construção da chancelaria - representação oficial da República angolana - custará 11.935.586,43 euros.

No sentido contrário, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, confirmou a 22 de janeiro deste ano que o Governo angolano tinha em curso um processo de redimensionamento das missões diplomáticas e consulares, podendo levar ao encerramento de algumas devido à situação económica e financeira do país.

João Lourenço otimista sobre comércio com a Alemanha

02:09

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Encerramento de embaixadas

A Lusa noticiou, dias antes, que o Governo estava a estudar a possibilidade de encerrar nove embaixadas e 18 consulados-gerais, nomeadamente em Lisboa, Faro e Macau, além de 10 representações comerciais, incluindo em Portugal, para poupar mais de 54 milhões de euros.

A informação constava da proposta elaborada pelo secretário para os Assuntos do Diplomáticos do Presidente da República de Angola, Victor Lima, antigo embaixador em Espanha, entregue em janeiro ao Ministério das Relações Exteriores (MIREX) e à qual a Lusa teve acesso, no âmbito do redimensionamento da rede diplomática angolana.

O ministro explicou que o estudo foi ditado pela situação económica e financeira do país, que "não permite manter, com a dignidade desejada", algumas dessas estruturas.

Acrescentou que as medidas preconizadas no estudo "visam a racionalização dos meios" e que o Governo pretende que Angola "continue a estar representada a nível internacional, de uma forma digna".