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Detido comandante da Casa de Segurança do Cuando Cubango

Lusa
13 de julho de 2021

As detenções foram realizadas no âmbito da operação "Caranguejo". Entre os detidos está o comandante da Casa de Segurança do Presidente da República na província do Cuando Cubango.

Sitz der Generalstaatsanwaltschaft - Angola
Sede da Procuradoria-Geral da República em LuandaFoto: DW/Borralho Ndomba

A Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana deteve mais de 20 oficiais, entre os quais o comandante da Casa de Segurança do Presidente da República na província do Cuando Cubango, noticiou, esta terça-feira (13.07), a imprensa local.  

Estas detenções, realizada no âmbito da operação "Caranguejo", iniciada na sequência da detenção, em Luanda, de um major da Casa de Segurança do Presidente da República, encontrado com elevadas somas monetárias em euros, dólares e kwanzas, guardadas em malas na sua residência, foram confirmadas pelo porta-voz da PGR, Álvaro João. 

"O mesmo [comandante da Casa de Segurança do Presidente da República no Cuando Cubango] foi detido e diligências continuam para se apurar outras pessoas envolvidas", disse Álvaro João, em declarações à Rádio Nacional de Angola.  

Elevadas somas de dinheiro apreendidas

A emissora pública, citando uma fonte da PGR, informou que a PGR, através da sua Direção Nacional de Investigação e Ação Penal, efetuou mais de 20 detenções, entre as quais do comandante da Casa de Segurança do Presidente da República no Cuando Cubango, coronel Manuel Correia. 

Entre os detidos está igualmente o presidente do Cuando Cubango Futebol Clube, capitão Atanásio Lucas José, e seis oficiais ligados à área de pessoal e quadros da Casa de segurança no Cuando Cubango. 

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No ato de detenção, foram também encontradas e apreendidas elevadas somas em kwanzas guardadas em contentores.  

A operação da PGR é liderada por oficiais da DNIAP de Luanda, que deverão permanecer em Menongue, capital do Cuando Cubango, durante os próximos dias.  

"Operação Caranguejo"

A PGR anunciou a 24 de maio passado que foi aberto um processo que envolve oficiais das Forças Armadas Angolanas afetos à Casa de Segurança do Presidente da República, por suspeita do cometimento dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa e outros.  

A nota da PGR frisava que no âmbito do referido processo foram apreendidos valores monetários "[avultados], guardados em caixas e malas, na ordem de milhões, em dólares norte-americanos, em euros e em kwanzas, bem como residências e viaturas".  

O chefe das finanças da banda musical da Presidência da República, major Pedro Lussati, terá sido detido em posse de duas malas com dez milhões de dólares e quatro milhões de euros, supostamente a tentar sair do país.    

Na sequência da investigação, o Presidente da República exonerou sete oficiais da sua Casa de Segurança e demitiu o responsável máximo e ministro de Estado, Pedro Sebastião.  

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