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PR João Lourenço pede mais investimentos em Angola

4 de junho de 2019

Presidente João Lourenço exorta operadores petrolíferos mundiais a investir em Angola e garante que está em curso processo de reformas no setor. Conferência "Angola Oil & Gas 2019" tem lugar em Luanda até quinta-feira.

Angola Oil & Gas 2019-Konferenz bei Luanda
Participantes na conferência internacional "Angola Oil & Gas 2019"Foto: DW/M. Luamba

O Presidente angolano, João Lourenço, exortou esta terça-feira (04.06.), em Luanda, os operadores petrolíferos mundiais a investir em Angola, garantindo estar em curso um processo de reformas no setor que assegura melhores condições para se apostar no país.

João Lourenço discursava na abertura da conferência "Angola Oil & Gas 2019", que começou esta terça-feira no Centro de Convenções de Talatona, a sul da capital angolana, evento que junta até quinta-feira (06.06.) a quase totalidade dos principais operadores petrolíferos mundiais. 

Requalificação de três refinarias

No discurso, o Presidente angolano  reafirmou a construção e requalificação de três refinarias em Angola. "O Executivo colocou entre as suas principais prioridades a construção da grande refinaria do Lobito, a de Cabinda e a requalificação da refinaria de Luanda. Deixamos ainda em aberto a possibilidade de mais uma refinaria se estudos em curso mostrarem que a oferta do crude assim o aconselhar".Angola é um país rico em petróleo, mas no principio de maio, os cidadãos debateram-se com a escassez de combustíveis em quase todos os postos de abastecimento que originou a exoneração do presidente da Sonangol, petrolífera angolana, Carlos Saturnino. João Lourenço diz que o seu Governo está a trabalhar para evitar que situações do género voltem a registar-se. Para o efeito vai contar com a "iniciativa privada".

Presidente João Lourenço (centro) ouve explicações de um especialista da área petrolíferaFoto: DW/M. Luamba

"O Executivo decidiu pelo aumento da capacidade de armazenagem de combustíveis e lubrificantes e da rede de postos de abastecimentos em todo o país contando com a iniciativa privada para alcançar este objetivo. Ainda com a finalidade das reservas de petróleo foram aprovadas as estratégias globais de atribuição das conceções petrolíferas no período 2019/2025 e a proposta de constituição de novo consórcio de gas", destacou Lourenço.

"Angolanização" do setor petrolífero

O Presidente angolano disse ainda que quer ver reforçado o processo de "angolanização" do setor petrolífero. Por outro lado, o estadista angolano anunciou também a construção de novas instituições de ensino viradas para indústria petrolífera."Está também em curso a reforma e modernização do Instituto Nacional de Petróleos e a construção do Instituto Superior de Petróleos ambos na província do kwanza sul".

Angola: “Executivo vai contar com empresas privadas no abastecimento de combustíveis”, diz João Lourenço

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João Lourenço acrescentou que o Governo "está consciente" da realidade e das potencialidades africanas, sublinhando que Angola está "em linha" com o lema da conferência, que encara o petróleo e o gás como catalisadores de uma economia dinâmica, renovável e autossustentável.

"Num momento em que Angola está empenhada em atrair investimentos e em promover parcerias e negócios em todos os segmentos da cadeia de energia e da indústria petrolífera, a realização desta conferência permite dar a conhecer melhor aos potenciais investidores estrangeiros a visão que o país tem para a sua indústria do petróleo e do gás", frisou.

Para o Presidente angolano, a conferência vem ao encontro das expetativas de Angola, uma vez que, apesar dos esforços que estão a ser feitos para a diversificação económica, os produtos petrolíferos continuam a dominar as exportações (atualmente, constituem mais de 95% do total).

Contato direto com Angola

A Conferência e Exposição "Angola Oil & Gas 2019" que é uma iniciativa da Africa Oil & Power (AOP)  vai permitir que os investidores estrangeiros tenham contato direto com o que está a ser feito em Angola em termos de transparência no setor e vai ser um pré-anuncio da licitação de novos blocos, diz Paulino Germano presidente da Agência Nacional de Petróleo, Gaz e Biocombustíveis.

"Em outubro terá uma licitação de novos blocos, a nossa expetativa é que a maior parte das grandes empresas que já funcionam em Angola participem".Uma destas empresas presentes na conferencia é a CPP – petrolífera chinesa à operar em Angola desde 2013. A DW África conversou com o seu presidente Xing Hang, a quem perguntou a responsabilidade social da sua instituição em Angola.

Petrolífera chinesa CPP que opera em Angola desde 2013Foto: DW/M. Luamba

"Construímos seis projetos. Quatro projetos são de armazenamento de tanques de petróleo e gás e dois são de construção de estradas (províncias do Uíge e Malanje) e outro de sistema de abastecimentos de águas são os projetos que nós construímos aqui em Angola", disse Xing Hang.

Para além de estradas, Xing Hang explica que a sua empresa também já criou muitos postos de trabalho para nacionais e a construção de algumas salas de aula.

"Nos nossos projetos de armazenamento de petróleo e gás criamos mais de mil postos de trabalho para os angolanos. E noutros projetos construímos escolas e campos de lazer para as crianças para além de também também oferecemos material escolar as crianças estudantes".

 

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