1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

FLEC anuncia morte de militares e civis em Cabinda

Lusa
11 de abril de 2022

Frente para a Libertação do Estado de Cabinda - Forças Armadas de Cabinda (FLEC/FAC) anuncia morte de 12 soldados angolanos e quatro civis durante combates na manhã de hoje (11.4).

Angola Polizeipatrouille in Cabinda
Patrulha da polícia angolana em Cabinda (foto de arquivo).Foto: picture-alliance/abaca

Segundo anunciou o grupo de independentistas de Cabinda, os confrontos entre soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA) e das Forças Armadas Cabindesas (FAC) ocorreram na manhã desta segunda-feira (11.4), nas aldeias de Kisungo e Tando Masele, na região do Maiombe, município do Belize, norte de Angola.

Num "comunicado de guerra", a FLEC diz que os seus soldados recuperaram armamentos deixados pelos militares das FAA e salienta que oito soldados ficaram igualmente feridos.

Operações 

"A intensificação dos combates feitas em operações de grande envergadura lançadas esta segunda-feira pelas FAC visa recuperar as zonas conquistadas pelos invasores angolanos", lê-se no comunicado assinado hoje pelo comandante da Região Militar de Belize, tenente-general Gelson Fernandes N'Kasu.

A FLEC adianta também que "neste período de operações militares de grande envergadura em todo o território de Cabinda contra a invasão militar angolana, o Alto Comandante Militar das FAC aconselha todas as empresas estrangeiras a suspenderem todas as suas atividades e deixar o território de Cabinda".

Praça Cabassango, em Cabinda.Foto: Simão Lelo/DW

Cabinda

A província angolana de Cabinda, onde se concentra a maior parte das reservas petrolíferas do país, não é contígua ao restante território e desde há anos que líderes locais defendem a independência, alegando uma história colonial autónoma de Luanda.

A FLEC, através do seu "braço armado", as FAC, luta pela independência daquela província, alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.

A sua opinião: Como avalia os 20 anos de paz em Angola?

02:38

This browser does not support the video element.