Funeral de Savimbi continua a dividir UNITA e o Governo
José Adalberto (Cuito) | Lusa
29 de maio de 2019
Ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, afirma que Governo angolano não tem interesse em manter sob sua custódia os restos mortais do fundador da UNITA, Jonas Savimbi.
Publicidade
O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala Simões, disse nesta quarta-feira, (29.05.) em conferência de imprensa realizada na província angolana do Bié, que o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, escreveu uma carta para o Presidente da República João Lourenço, com caráter urgente, sem, contudo revelar o teor da comunicação.
Alcides Sakala avançou que o partido mantém o programa das exéquias fúnebres do líder fundador, previstas para sábado, 1 de junho com ligeiras alterações, em relação à passagem da urna de Jonas Savimbi pela sua residência na cidade do Huambo, como inicialmente estava previsto, devendo-se apenas ficar em vigília durante uma noite, numa cerimónia que será dirigida pelo presidente do Partido UNITA, Isaías Samkuva.
"O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, enviou esta manhã uma carta ao Presidente da República, com caráter de urgência, em segundo lugar, mantemos o nosso programa conforme temos vindo a anunciar nestes últimos dias com uma pequena alteração, esta noite a partir das vinte horas, o presidente da UNITA, vai presidir a vigília na cidade do Huambo em memória do Dr. Jonas Savimbi”.
O porta-voz do maior partido da oposição em Angola referiu igualmente que foi enviado para o município do Andulo, o coordenador da Comissão Nacional das exéquias fúnebres, Ernesto Mulato, que em janeiro deste ano, participou da exumação dos restos mortais de Savimbi.
"Partiu para o Andulo, a delegação coordenada pelo engenheiro Ernesto Mulato, que esteve em janeiro, na altura da exumação.”
Entretanto e reagindo as recentes declarações do ministro de Estado e chefe da Casa Militar da presidência da República, Pedro Sebastião, em relação ao possível aproveitamento político da UNITA, das exéquias, Sakala negou qualquer pretensão do seu partido em aproveitar o ato.
"Esta é a posição do senhor general. Estamos imbuídos do nosso programa e vamos continuar a cumpri-lo conforme foi anunciado... não estamos a fazer, estamos apenas a honrar a memória do Dr. Savimbi e dizíamos também já nestes últimos dias que este processo tem que se situar ao mais alto nível” afirmou o dirigente partidário.
Família desmente Governo
Quanto a possíveis divergências entre a família de Jonas Savimbi e a UNITA, também aflorada ontem pelo ministro de Estado Pedro Sebastião, os filhos do líder fundador da UNITA, desmentiram tal facto na manhã desta quarta-feira (29.05.) em conferência de imprensa.
Falando aos jornalistas em nome da família, Tchaya Savimbi (filho de Savimbi), disse que a família ouviu com estranheza, as declarações de Pedro Sebastião sobre um possível desentendimento entre a família e a UNITA, por quanto considera impossível dissociar as duas partes."Ouvimos ontem na imprensa, alguns pronunciamentos que nos surpreenderam. Para nós, não há divergências entre a família do Dr. Savimbi e o Partido, lamentamos isso e não corresponde a verdade porque fracamente dissociar a nossa família da UNITA, não faz sentido. Para nós o momento é de recolhimento e de serenidade”.
Elemento "perturbador” no processo
O ministro de Estado angolano e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, disse esta quarta-feira, numa nova conferência de imprensa, que o Governo vai estabelecer contacto com a família de Jonas Savimbi para a entrega dos seus restos mortais, depositados numa unidade militar no Andulo.
Segundo Angop, com esta medida, o Governo de João Lourenço afasta a direção da UNITA do processo da cerimónia fúnebre, por entender que quer fazer aproveitamento político do funeral.
Pedro Sebastião citou um elemento "perturbador no processo que precisa de ser afastado”, afirmando que a direção do partido do "Galo Negro" desejava um funeral de Estado para Jonas Savimbi, à semelhança do general Arlindo Chenda Pena "Ben Ben".
O ministro sublinhou ainda que o Governo não tem interesse em manter sob sua custódia os restos mortais do fundador da UNITA.
Abel Chivukuvuku apela ao diálogo
O político angolano Abel Chivukuvuku apelou hoje (29.05.) ao diálogo entre o Governo e a família do líder fundador da UNITA para ultrapassar as divergências entre as partes sobre as exéquias fúnebres de Jonas Savimbi.Abel Chivukuvuku, que foi um dos mais importantes dirigentes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) até 2012, falava em conferência de imprensa que serviu para esclarecimentos sobre o seu estado de saúde.
Angola: Funeral de Savimbi continua a dividir UNITA e o Governo
Segundo Abel Chivukuvuku, o papel do Presidente angolano, João Lourenço, neste processo das exéquias de Jonas Savimbi, morto em combate em 2002, "deve ser reconhecido e, em certa medida, agradecido", por ter proporcionado a libertação depois de 17 anos de prisão mesmo já morto", do fundador da UNITA.
Para Abel Chivukuvuku, do ponto de vista processual, o papel das instituições do Estado é entregar os restos mortais à família, o que deve terminar por aí.
"Os atos subsequentes são um direito dos familiares, com o apoio da UNITA, de determinarem que natureza de cerimónias fazem e onde as fazem, isso é um direito da família e ninguém pode coartar isso", opinou.
Estas cerimónias fúnebres continuam agendadas para 01 de junho, apesar das divergências, nas últimas horas, entre o Governo angolano, a UNITA e a família de Savimbi, sobre o local da entrega dos restos mortais do histórico líder do partido do 'Galo Negro'.Depois de sinais de que o processo "estava a correr bem, num momento de entendimento e reconciliação nacional", Abel Chivukuvuku defendeu que é necessário que "haja conversa, diálogo", pressupondo que o mais importante já está feito, com a entrega dos restos mortais aos familiares.
"O resto são atos que apenas devem pertencer aos familiares, por isso recomendamos o máximo de diálogo, serenidade e acertos", frisou.
Abel Chivuluvuku disse que tinha intenção em participar das exéquias, por reconhecer que é "produto de formação política da escola do doutor Jonas Malheiro Savimbi" e "só o facto de estar ainda num quadro de recuperação" é que o impede de estar presente na cerimónia.
"A família, sobretudo os filhos, também pediram que gostariam que prestasse um depoimento durante as exéquias, todos conhecem qual foi a natureza da minha relação com doutor Jonas Savimbi, mas tal não foi possível", acrescentou.
De acordo com o político, "o mais importante não é estar hoje nas exéquias", mas sim ser "o testemunho daquilo que ele acreditou".
"E trabalharmos para isso, porque é isso que vai vincar no futuro e não são as exéquias, que são um assunto pontual de um dia ou de um momento", referiu.
José Eduardo dos Santos: Percurso do "eterno" Presidente de Angola
José Eduardo dos Santos faleceu a 08.07.2022 numa clínica em Barcelona, onde estava internado há vários dias. O ex-Presidente, que se despediu da política angolana em setembro de 2018, governou o país de 1979 a 2017.
Foto: Paulo Novais/EPA/dpa/picture alliance
Engenheiro petroquímico
Em 1961, aos 19 anos, José Eduardo dos Santos junta-se ao MPLA, o Movimento Popular de Libertação de Angola, que luta contra o colonialismo português. Em 1963, é enviado com uma bolsa de estudos para a União Soviética, onde frequenta um curso de Engenharia Petroquímica em Baku, capital do atual Azerbaijão. Dos Santos também tem aulas de comunicação militar e regressa a Angola em 1970.
Foto: picture-alliance/dpa
Antecessor Agostinho Neto
Angola torna-se independente em 1975 e mergulha diretamente numa guerra civil entre os três movimentos de independência: MPLA, UNITA e FNLA. A capital Luanda é controlada pelo MPLA. O seu líder Agostinho Neto assume a Presidência do país e instala um regime monopartidário de inspiração marxista. Dos Santos assume vários ministérios, incluindo os Negócios Estrangeiros e Planeamento Nacional.
Foto: picture-alliance/dpa
Aliança com países comunistas
Depois da morte de Neto a 10 de setembro de 1979, em Moscovo, dos Santos é eleito a 20 de setembro pelo MPLA como novo Presidente. Consolida a aliança entre Angola e os países do bloco comunista como a União Soviética e a República Democrática da Alemanha (RDA). Em 1981, dos Santos visita a RDA e é recebido pelo secretário-geral do Partido Socialista Unificado da Alemanha, Erich Honecker (à esq.).
Durante a visita à RDA em 1981, dos Santos passa pelo Muro de Berlim, na Porta de Brandemburgo, símbolo da "Guerra Fria" e da separação do mundo em dois blocos. Angola é um dos países onde o confronto entre os blocos comunistas e liberais se transforma numa "Guerra Quente". Os países comunistas querem evitar uma vitória da UNITA, apoiada pela África do Sul e pelos Estados Unidos da América.
Foto: Bundesarchiv
Soldados cubanos
Em apoio militar ao Governo do MPLA, Cuba envia soldados a Angola. Os 40 mil soldados cubanos têm um papel decisivo para travar o avanço das tropas da UNITA e da África do Sul. Na foto: Soldados cubanos em Cuito Canavale no ano de 1988, uma das maiores batalhas da guerra civil. Três anos mais tarde, é assinado um primeiro acordo de paz na localidade de Bicesse, no Estoril, em Portugal.
Foto: picture-alliance/dpa
Mais guerra apesar de acordo de paz
As primeiras eleições de Angola tiveram lugar em 1992. O MPLA obteve maioria absoluta no Parlamento, mas dos Santos não conseguiu maioria absoluta na primeira volta das presidenciais. A UNITA e o seu candidato, Jonas Savimbi, não reconheceram os resultados por alegada fraude eleitoral. A segunda volta não teve lugar, pois a guerra recomeçou. Na foto: Soldados governamentais reconquistam Dondo.
Foto: picture-alliance / dpa
MPLA ganha terreno
Os EUA reconhecem o Governo do MPLA em 1993. O Ocidente perde o interesse na guerra civil em Angola após a queda do muro de Berlim. E, com o fim do apartheid, o regime de segregação racial na África do Sul, a UNITA perde outro aliado e fica cada vez mais isolada. O MPLA abandona a retórica comunista e torna-se capitalista, e as riquezas do petróleo fazem do partido um parceiro atrativo.
Foto: Jörg Böthling/Brot für die Welt
Opção militar prevalece
Em 1994, foi assinado outro acordo de paz em Lusaka, Zâmbia. Um ano mais tarde, dos Santos oferece o posto de vice-Presidente a Jonas Savimbi. Este recusa em 1997 e falha a formação de um Governo conjunto. A seguir, a guerra intensifica-se. Dos Santos aposta na opção militar e investe fortemente nas Forças Armadas. O núcleo duro do seu regime é formado por generais e pela Guarda Presidencial.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Aliança com Kabila no Congo
Com a sua intervenção militar na segunda guerra do Congo a partir de 1998, Angola presta um apoio decisivo a Laurent-Désiré Kabila, Presidente da RDC (Rep. Democrática do Congo). Com a nova aliança, o MPLA consegue eliminar uma retaguarda da UNITA. Dos Santos estabelece Angola como uma das principais potências militares e políticas na África Austral. Também envia soldados para o Congo-Brazzaville.
Foto: picture alliance/AP Photo/P.Wojazer
Vitória total sobre Jonas Savimbi
Um embargo internacional de armas enfraquece a UNITA, cada vez mais isolada. Pouco a pouco, o exército do Governo conquista espaço. A 22 de fevereiro de 2002, mata o líder da UNITA, Jonas Savimbi. Nesse ano, as duas partes assinam mais um acordo de paz. Termina finalmente uma das guerras civis mais sangrentas, com cerca de um milhão de mortos e quatro milhões de deslocados e refugiados.
Foto: AP
Vestígios da guerra
Anos mais tarde, ainda são visíveis os danos da guerra, como nesta foto de 2009. O desenvolvimento do país ficou atrasado, estradas e caminhos-de-ferro tiveram de ser reabilitadas, campos desminados. No enclave de Cabinda, província nortenha rica em petróleo, continua outra guerra. Mas, até hoje, o movimento separatista FLEC não consegue ameaçar seriamente o poder do MPLA em Cabinda.
Foto: gemeinfrei
Eleições adiadas e canceladas
Originalmente previstas para 1997, as segundas eleições legislativas da história de Angola só tiveram lugar em 2008. O MPLA obteve 81,6% dos votos, a UNITA 10,4%. Houve queixas de um clima de intimidação durante a campanha e de desorganização do pleito. As eleições presidenciais, prometidas para 2009, nunca se realizaram. Mesmo assim, dos Santos continua no poder.
Foto: Reuters
Esperanças goradas da Alemanha
Em 2011, a chanceler alemã Angela Merkel (à esq.) visita Angola, dois anos após a visita de dos Santos a Berlim. Há empresários alemães com muito interesse em investir em Angola. Mas poucos investimentos chegam a ver a luz do dia, nos anos seguintes. Angola continua a ser um parceiro difícil para a Alemanha. Há poucas empresas alemãs dispostas a enfrentar o ambiente de negócios angolano.
Foto: dapd
Repressão contra opositores
A partir de 2011, eclode uma onda de manifestações inspirada na Primavera Árabe. Os protestos foram brutalmente abafados pela polícia, vários ativistas detidos e condenados por alegado golpe de Estado. Em 2013, a Guarda Presidencial mata dois opositores a tiro. Membros da seita adventista "A Luz do Mundo" também são brutalmente perseguidos. A polícia é ainda acusada de execuções extra-judiciais.
Foto: DW/N. Sul d´Angola
Finalmente eleito, mas apenas indiretamente
Em 2010, o Parlamento muda a Constituição e elimina as presidenciais. A eleição passa a ser indireta: É eleito como Presidente o líder da lista mais votada nas legislativas. O MPLA vence as eleições de 2012 com 71,9% dos votos. Após 32 anos no poder, dos Santos ganha pela primeira vez legitimidade eleitoral, embora apenas de forma indireta. Observadores criticam desvantagens da oposição.
Foto: picture-alliance/dpa
Homem de família
Para além dos militares, a família é outro núcleo do poder de José Eduardo dos Santos, que teve vários casamentos. A sua esposa atual é Ana Paula dos Santos (foto), antiga modelo, que conheceu quando ela trabalhava como hospedeira no avião presidencial angolano. Casaram-se em 1991 e tiveram quatro filhos. Nas eleições de 2017, Ana Paula dos Santos será candidata a deputada nacional pelo MPLA.
Foto: Reuters
Filha é a mulher mais rica de África
Mas é Isabel dos Santos, filha do primeiro casamento com Tatiana Kukanova, uma russa campeã de xadrez que dos Santos conheceu em Baku, que tem maior protagonismo internacional. Através de uma licença de telecomunicações em Angola para a sua empresa Unitel, Isabel dos Santos construiu um império de negócios com atividades em Portugal e noutros países. É considerada a mulher mais rica de África.
Foto: picture-alliance/dpa
Filho administra fundo soberano
Em 2013, a nomeação de José Filomeno dos Santos, filho da segunda mulher de José Eduardo dos Santos, para liderar o Fundo Soberano de Angola gerou controvérsia. O fundo administra parte da riqueza petrolífera do país. O pai tem o apelido popular de "Zedú", o filho de "Zenú". A mãe de "Zenú", Filomena de Sousa, foi funcionária do Ministério dos Negócios Estrangeiros, quando dos Santos foi ministro.
Foto: Grayling
Luxo e riqueza do petróleo
Nos últimos anos, milhares de milhões de dólares entraram nos cofres de Angola, um dos maiores produtores de petróleo de África. A Avenida Marginal de Luanda é símbolo da nova riqueza. Mas muito dinheiro desapareceu das contas do Estado, acusam organizações não-governamentais como a Human Rights Watch. O Fundo Monetário Internacional também pediu mais transparência.
Foto: DW/N. Sul d'Angola
Parceria com a China
A China é o novo parceiro de eleição de José Eduardo dos Santos. O país torna-se no maior comprador do petróleo de Angola e concede vários créditos para financiar grandes projetos. Ao contrário do FMI e de outros parceiros, a China não exige transparência, nem reclama dos direitos humanos. Nascem novos bairros em Luanda como Kilamba Kiaxi (foto), financiada e construída por empresas chinesas.
Foto: cc by sa Santa Martha
Pobreza continua apesar da riqueza
Apesar das receitas milionárias do petróleo, Angola continua a ter graves problemas de pobreza. Mesmo na capital Luanda, há bairros sem saneamento como o de Kinanga (foto). Muitos serviços de saúde continuam fora do alcance dos mais pobres: Angola tem das maiores taxas de mortalidade infantil do mundo. O sistema de educação também é considerado inadequado para um país com tantos recursos naturais.
Foto: DW/N. Sul d'Angola
Homem discreto
José Eduardo dos Santos foi conhecido como um homem discreto. Entrevistas com ele são raríssimas. Não costumava dar conferências de imprensa e faz poucos discursos públicos. Nos últimos anos, esteve regularmente fora do país para longos tratamentos médicos em Barcelona, Espanha. Em África, os seus 38 anos no poder como chefe de Estado só foram superados por Teodoro Obiang da Guiné-Equatorial.
Foto: picture alliance/dpa/P.Novais
Sucessor como Presidente: João Lourenço
Depois de José Eduardo dos Santos anunciar que não seria candidato às eleições de 2017, o MPLA nomeou o ex-ministro da Defesa, João Lourenço, como candidato à sucessão. O MPLA ganhou as eleições de 23 de agosto e Lourenço é o novo Presidente de Angola. Mas dos Santos permaneceu por cerca de mais um ano na direção do partido e, deste modo, manteve uma considerável influência na política angolana.
Foto: Getty Images/AFP
Um ano mais tarde: sucessão no MPLA
Mesmo com José Eduardo dos Santos na chefia do MPLA, vários familiares seus perderam postos importantes: a filha Isabel foi exonerada como presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol e o filho Zenú deixou de chefiar o Fundo Soberano. A 8 de setembro, no congresso do partido, o seu sucessor na Presidência, João Lourenço (foto), assumiu a chefia do partido.
Foto: DW/Cristiane Vieira Teixeira
Tratamento em Espanha
Em 2019, José Eduardo dos Santos muda-se para Barcelona, em Espanha, para realizar com maior facilidade tratamentos numa das melhores unidades hospitalares europeias na valência de oncologia, que já tratava o ex-PR angolano há cerca de oito anos.
Foto: picture alliance/dpa
A morte do "eterno" líder angolano
Em 8 de julho de 2022, a Presidência angolana confirma a morte do ex-Presidente "após prolongada doença". Antes de falecer aos 79 anos, José Eduardo dos Santos passou duas semanas internado numa unidade de tratamento intensivo da clínica onde recebia tratamento médico em Espanha.