Ministra angolana da Saúde assegura que o país está preparado para travar um eventual alastramento da doença da RDCongo. Organização Mundial de Saúde declarou o estado de emergência internacional.
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A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, garantiu na quinta-feira (18.07.) que foram reforçadas as medidas preventivas e de controlo sanitário nos principais postos fronteiriços com a República Democrática do Congo (RDC).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu Angola para dar resposta a eventuais casos de ébola vindos da RDC, depois de declarar, na quarta-feira, o estado de emergência internacional devido à epidemia, que eclodiu há cerca de um ano.
A declaração da OMS ocorreu pouco depois de se confirmar um caso da doença na cidade de Goma, no nordeste da RDC.
Angola garante estar preparada para travar ébola
"Não muda nada"
O ministro congolês da Saúde, Oly Ilunga Kalenga, diz, no entanto, que, para o país, o anúncio da OMS "não muda nada". Há um ano que as províncias congolesas de Kivu do Norte e Ituri estão em estado de emergência por causa da epidemia.
"Não acredito sequer que a decisão tenha um grande impacto na mobilidade das pessoas e no comércio", afirmou o ministro em entrevista à DW.
"A OMS não recomendou fechar as fronteiras ou restringir o comércio. O que, se calhar, vai mudar para a população é o facto de passar a haver mais controlos nas fronteiras com os países vizinhos", acrescentou.
Apesar de aceitar a decisão da OMS, Oly Ilunga Kalenga suspeita de "pressões" externas por trás da declaração do estado de emergência de saúde.
"Creio que há pessoas que durante semanas, ou meses, pressionaram a OMS a tomar esta decisão", disse o ministro. "Em junho, a OMS foi já bastante criticada por não ter declarado o estado de emergência internacional. Vários países associaram o aumento das suas contribuições à declaração do estado de emergência."
Embora o risco de disseminação regional continue alto, o risco fora da região permanece baixo, segundo o diretor-geral da OMS. Tedros Adhanom Ghebreyesus insistiu que a declaração não foi feita para arrecadar mais fundos, embora a OMS tenha estimado que "centenas de milhões" de dólares sejam necessários para travar a epidemia.
Mais de 1.600 pessoas morreram desde agosto passado devido ao ébola. O surto de 2014-16 na África Ocidental matou mais de 11 mil pessoas.
A OMS define "emergência internacional" como um "evento extraordinário" que constitui um risco para outros países e requer uma resposta internacional coordenada.
As doenças que os animais transmitem
Lidar com os animais de estimação nem sempre é tarefa fácil. Cães e gatos são companhias divertidas para crianças e adultos. Mas atenção: Os animais podem ser portadores de doenças perigosas.
Foto: Fotolia/pitrs
O perigo voador
Os morcegos são considerados os transmissores iniciais do vírus do Ébola. Os humanos são infetados pelo contacto direto com os morcegos ou com animais que foram infetados pelos morcegos. Uma vez estabelecida a infeção humana, a doença pode-se também disseminar entre determinada população. Não se vislumbra ainda uma solução.
Foto: picture-alliance/dpa
Varíola das vacas
Esta doença atinge sobretudo as vacas. Mas os agentes patogénicos podem atingir todos os mamíferos, inclusive o ser humano. Na Alemanha não existe, no mercado, nenhuma vacina específica contra a varíola da vaca. Mas, em princípio, quem está vacinado contra a varíola humana goza de uma certa proteção. No passado a varíola da vaca atingia sobretudo as mãos de quem mungia as vacas.
Foto: Witolld Janczus
Perigo “picante”
Hoje em dia é muito fácil viajar entre diferentes continentes. Essa facilidade não se aplica apenas a seres humanos, mas também a animais. O “mosquito tigre” asiático também viaja e uma picadura desse inseto poderá ter graves conseqüências. O mosquito tigre transmite, nomeadamente, a febre do dengue.
Foto: picture alliance/Mary Evans Picture Library
Febre dos papagaios
Trata-se de uma doença infecciosa causada por clamídias que atinge sobretudo crianças e pessoas frágeis. Papagaios, periquitos, pombos, galinhas, canários, faisões, perus, etc., podem infectar-se e transmitir a doença. Os excrementos das aves, secos e transformados em pó, inalados pelos seres humanos, podem constituir um perigo grande para a saúde.
Foto: Proaves
A “raiva” da raposa
Até 2008 a raiva existia também na Alemanha: uma doença perigosa que era sobretudo transmitida por raposas. Mas a raiva foi eliminada na sequência de intensas campanhas de vacinação. A doença era normalmente fatal, mas hoje o perigo de contágio já é muito reduzido na Europa, em especial na Alemanha.
Foto: imago/blickwinkel
O gato, ser enigmático
A “doença dos gatos” é transmitida através da mordida ou arranhadura do gato contaminado com o fungo causador. Os gatos, própriamente ditos, podem ser portadores da doença durante anos, sem adoecerem. Na Alemanha estima-se que cerca de 13 por cento dos gatos estejam infetados. Os seres humanos, uma vez infetados, poderão ser atingidos por febres altas e inchamento das glândulas.