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ReligiãoAngola

Angola: Julgamento de pastores da IURD pode começar este mês

Lusa
8 de março de 2021

O novo líder da IURD em Angola disse que bispos e pastores angolanos e brasileiros, acusados de vários crimes, entre os quais evasão de divisas e vasectomia, poderão ir a julgamento ainda este mês.

Angola Luanda | Kirche Igreja Universal do Reino de Deus
Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em AngolaFoto: B. Ndomba/DW

A informação foi avançada esta segunda-feira (08.03) pelo bispo Valente Bezerra Luís, desde fevereiro novo líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, depois de desentendimentos entre membros da igreja terem tido início em novembro de 2019.

Em causa estão divergências entre pastores e bispos angolanos e brasileiros sobre a gestão da IURD e queixas de humilhações, discriminação racial e crimes económicos, que levou a separação em alas da igreja, tendo a parte angolana criado uma Comissão de Reforma, legitimada em assembleia-geral e reconhecida, em dezembro de 2020, pelas autoridades angolanas.

"Dentro de dias, esse caso da IURD irá a julgamento, os nossos advogados já nos adiantaram que ainda este mês o caso poderá ir a tribunal", disse hoje Valente Bezerra Luís, em declarações à Rádio Nacional de Angola, à margem de um ato promovido pela igreja para assinalar o Dia Internacional da Mulher.

Valente Bezerra Luís não soube adiantar o número de pessoas envolvidas no caso, confirmando apenas que existem angolanos e brasileiros.

Um diferendo que chegou ao Governo

Francisco Queiroz, ministro da Justiça de AngolaFoto: Borralho Ndomba/DW

As tensões agudizaram-se em junho de 2020 com a tomada de templos pela comissão reformista, entretanto, constituída numa Comissão de Reforma de Pastores Angolanos, liderada pelo bispo Valente Bezerra Luís.

O caso mereceu em julho de 2020 uma reunião entre o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola e deputados, no Parlamento, tendo o governante angolano anunciado a existência de pelo menos dois processos em curso devido ao problema.

Francisco Queiroz, naquela ocasião, afastou a discórdia interna com qualquer facto político, salientando que 300 pastores angolanos tinham feito uma denúncia pública, acusando a parte brasileira da igreja, com origem no Brasil, fundada por Edir Macedo, de crimes de evasão fiscal, branqueamento de capitai e racismo, e que a então direção da igreja tinha igualmente apresentado queixas contra os dissidentes.

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