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Angola: Ministério da Saúde condena ataque a autocarro

Lusa
11 de janeiro de 2022

Em comunicado, Ministério da Saúde angolano repudia "veementemente" o ato "bárbaro" na manhã de segunda-feira. Autocarro do Centro de Tratamento de Epidemias foi incendiado e vários funcionários ficaram feridos.

Protesto dos taxistas em Luanda, a 10 de janeiro
Protesto dos taxistas, na segunda-feira de manhã (10.01), em LuandaFoto: B. Ndomba/DW

O Ministério da Saúde (Minsa) refere que "foi com profunda indignação" que a situação chegou ao seu conhecimento, salientando que o autocarro "devidamente identificado" transportava uma equipa de profissionais de saúde afeto ao Centro de Tratamento de Epidemias e Pandemia (Cetep).

A equipa, que ia "a caminho do cumprimento de mais um dia de trabalho, foi atacada por indivíduos não identificados com materiais contundentes, provocando ferimentos a alguns, o saque indiscriminado dos seus haveres pessoais e a destruição total por incêndio do referido autocarro".

"O Ministério da Saúde vem, por este meio, repudiar veementemente este ato criminoso, irresponsável e bárbaro que poderia ter causado danos maiores aos profissionais de saúde angolanos e expatriados, cuja missão é tão somente salvar vidas", realça a nota.

De acordo com a nota de repúdio, sejam quais forem as motivações "deste ato repugnante", o Ministério da Saúde exorta as autoridades competentes a encontrarem os seus autores morais e executantes, para que sejam responsabilizados exemplarmente.

"Para os profissionais de saúde do Cetep em particular e de todo o país em geral, o Minsa manifesta o seu apreço e grande consideração e reitera o compromisso de estarmos juntos para enfrentarmos todas as adversidades que nos forem impostas no nosso percurso e que a nobreza da nossa profissão seja realçada a todo momento e em qualquer lugar em que nos encontremos", lê-se no documento.

Em causa estão os atos de violência ocorridos na manhã de segunda-feira (10.01) em Luanda, na sequência de uma greve de taxistas iniciada na capital angolana, marcada pela destruição de bens públicos e privados, nos quais de inclui a sede do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, na zona do Benfica, e a queima do autocarro.

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