Angola: Nove milhões de cidadãos serão registados até 2022
Lusa
5 de setembro de 2020
O registo de nascimento e o bilhete de identidade serão atribuídos a milhares de cidadãos angolanos, avançou o Governo. Segundo as autoridades, é necessário redobrar a sensibilização dos cidadãos.
Publicidade
O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, Francisco Queiroz, anunciou que vai registar nove milhões de cidadãos até 2022. Esta iniciativa inclui o registo de nascimento e a atribuição de seis milhões de bilhetes de identidade.
Citado pela agência de notícias noticiosa angolana Angop, o ministro fez o anúncio esta sexta-feira (04.09) durante a reunião alargada de balanço do Programa de Massificação de Registo de Nascimento e Atribuição do Bilhete de Identidade.
Governo retira famílias de zonas de risco em Ndalatando
02:13
Francisco Queiroz disse que o programa surge com base num estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que antes previa mais de dez milhões de registos de nascimento e 8,4 milhões de bilhetes de identidade até 2022.
Segundo o ministro, é necessário redobrar a sensibilização e a mobilização dos cidadãos, bem como munir as brigadas com meios necessários para se atingir a meta desejada. O titular da pasta da Justiça e dos Direitos Humanos apontou entre vários benefícios a massificação desses documentos e a facilidade que os cidadãos terão para acederem aos bancos.
Entre novembro de 2019 e julho de 2020, este programa permitiu o registo de nascimento de 810.566 cidadãos e a emissão de 489.041 bilhetes de identidade, entre os quais cinco cidadãos com mais de 100 anos, nas províncias do Bengo e Benguela, pela primeira vez registados.
O programa conta com 203 brigadas, 1.020 postos de recolha de dados e cerca de 1.200 técnicos em todo o país.
Angola a meio gás por causa da Covid-19
Angola entra este sábado na segunda fase do estado de emergência para travar a Covid-19. Até aqui, as regras têm sido respeitadas por muitos, mas desrespeitadas por muitos outros, sobretudo para conseguir comida.
Foto: DW/M. Luamba
Mototáxis nas ruas
O estado de emergência em Angola prevê, entre outras medidas, o distanciamento social entre as pessoas. As autoridades proibiram, por exemplo, o exercício da atividade de mototáxi por não obedecer ao distanciamento de, pelo menos, um metro entre mototaxista e cliente. Mas há quem desrespeite esta medida - é uma forma de continuar a fazer algum dinheiro.
Foto: DW/M. Luamba
Enchentes em várias lojas
Nos estabelecimentos de comércio de frescos e outros bens de primeira necessidade, como arroz e massa, há enchentes de pessoas ávidas de levar alguma coisa para casa. Também aqui se desrespeitam as regras do distanciamento social. O perigo de contágio é grande nestes locais. Entretanto, mercados e venda ambulante só podem funcionar três dias por semana - à terça, à quinta e ao sábado.
Foto: DW/M. Luamba
Outras lojas estão fechadas
Estabelecimentos comerciais de venda de roupas ou eletrodomésticos, por exemplo, encontram-se encerrados por causa da Covid-19. De portas abertas continuam só centros comerciais - para a venda de bens de primeira necessidade.
Foto: DW/M. Luamba
Maior avenida de Luanda vazia
A Avenida Fidel de Castro Ruz é das mais movimentadas de Luanda em tempos normais. Inaugurada em 2016, a via homenageia o antigo líder cubano. Mas com as medidas de prevenção impostas pelas autoridades angolanos por causa da Covid-19, a estrada está às moscas. Há uma circulação tímida de veículos automóveis.
Foto: DW/M. Luamba
Viagens clandestinas
As viagens entre as províncias estão proibidas. Será permitida apenas nos dias 11 e 12 deste mês para que os cidadãos se possam movimentar. Mas há relatos de pessoas que se deslocaram para outras províncias escondidas em camiões de transporte de alimentos.