1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Angola: Presidente da Fundação Eduardo dos Santos detido

Lusa
29 de setembro de 2018

A detenção de Ismael Diogo da Silva aconteceu esta sexta-feira (28.08) e está relacionada com o caso que envolve o desvio de fundos do Conselho Nacional de Carregadores, no qual o ex-ministro Augusto Tomás é arguido.

Angola Jose Eduardo dos Santos
Foto: Getty Images/AFP/A. Pizzoli

O presidente da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), Ismael Diogo da Silva, encontra-se detido "para responder em interrogatório de arguido", desde a tarde desta sexta-feira (28.09), na comarca de Viana.

A detenção, explica a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola, em comunicado, foi executada pelo facto de Ismael Diogo se ter "furtado, reiteradas vezes, em comparecer no DNIAP [Departamento Nacional de Investigação e Ação Penal angolano]" para prestar declarações. Em causa, adianta a Lusa, estão várias notificações da justiça, relacionadas com uma acusação sobre o recebimento indevido de milhares de dólares provenientes do Conselho Nacional de Carregadores (CNC).

"Recaem [sobre Ismael Diogo] fortes suspeitas de ter incorrido na prática dos crimes de burla por defraudação, previsto e punível pelo Código Penal, e corrupção ativa, prevista e punível pela Lei Sobre a Criminalização das Infrações Subjacentes ao Branqueamento de Capitais", refere a PGR.

Segundo disse à Lusa fonte da Procuradoria-Geral da República, Ismael Diogo foi alvo de "busca de custódia".

Neste mesmo caso, está igualmente detido, há uma semana, o antigo ministro dos Transportes de Angola, Augusto Tomás, e administradores do Conselho Nacional de Carregadores (CNC), órgão afeto ao Ministério dos Transportes, por suposta má gestão e alegado desvio de fundos. 

A FESA tem como patrono o ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que criou em 1996 a instituição filantrópica apartidária, de caráter científico, cultural, social e sem fins lucrativos. "A FESA surgiu numa altura em que Angola vivia os piores momentos de fome e de deslocados de guerra, em consequência do conflito armado pós-eleitoral, de 1992, tendo dado abrigo e assistência alimentar a milhares de pessoas famintas e desabrigadas", refere-se no site da fundação.

Saltar a secção Mais sobre este tema