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Angola tem soberania na refinaria de Cabinda, diz Governo

1 de setembro de 2025

O Estado angolano detém a soberania do petróleo e dos produtos que serão processados na refinaria de Cabinda apesar de a Gemcorp possuir o maior capital (90%) e estatal Sonangol apenas 10%, realça Governo.

Cabinda | Plataforma de exploração de petróleo
Refinaria de Cabinda foi inaugurada pelo Presidente angolano, João Lourenço (imagem ilustrativa)Foto: Simão Lelo/DW

“É verdade que atualmente a Gemcorp detém 90% e a Sonangol 10% do capital desta refinaria. Mas, o que importa não é a fotografia acionista, mas sim o contrato que rege este projeto. E esse contrato está baseado num modelo de taxa de processamento”, disse esta segunda-feira (01.09) o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Pedro Azevedo.

A refinaria de Cabinda, inaugurada hoje, “é a prova de que com a liderança política, coragem institucional e competência técnica, Angola pode produzir, transformar e desenvolver os seus recursos minerais, preservando a sua soberania”, considerou o ministro.

Segundo o governante angolano, o modelo de acordo firmado entre ambas empresas gestoras da unidade fabril, estabelece que a Sonangol fornece o petróleo, “que continua a ser sua propriedade e a refinaria processa e devolve os refinados à Sonangol, cobrando apenas uma taxa de processamento”.

“Ou seja, a Gemcorp não controla o petróleo nem os derivados, apenas presta um serviço de refinação”, explicou o governante em discurso na abertura da cerimónia de inauguração daquela unidade industrial.

O Presidente angolano, João Lourenço, inaugurou hoje a Refinaria de Cabinda, investimento de mais de 473 milhões de dólares (404,8 milhões de euros) e que numa primeira fase vai processar 30.000 barris por dia, metade da sua capacidade instalada.

"A Gemcorp não controla o petróleo nem os derivados, apenas presta um serviço de refinação”, explicou Diamantino Pedro AzevedoFoto: Ronald Zak/AP/picture alliance

Refinaria "cria emprego e valoriza a província"

Diamantino Pedro Azedo assegurou que “todos devem estar certos de que não há qualquer perda de soberania [a nível da infraestrutura]”, insistindo que petróleo e os produtos refinados “permanecem sob controlo do Estado angolano”.

O ministro salientou que esta refinaria é um ativo estratégico que reforça a segurança energética do país, cria emprego e valoriza a província.

“Mais do que uma parceria de capital, é uma demonstração de que o Estado angolano continua a guiar, com mão firme, o destino dos nossos recursos minerais ao serviço de todo o povo angolano”, afirmou.

O presidente do conselho de administração da Gemcorp Angola, Marcos Weyll, disse, na ocasião, que a construção da refinaria de Cabinda envolveu desafios complexos que foram ultrapassados, realçando que a infraestrutura integra soluções tecnologias mais avançadas.

Marcos Weyll deu nota que a primeira fase de refinaria envolveu 14 milhões de horas trabalhadas sem acidentes, contando com a participação de cerca de 500 empresas prestadoras de serviços, sendo que no arranque da segunda fase foram já investidos mais de 10 milhões de dólares.

Por sua vez, a governadora de Cabinda, Susana de Abreu, considerou que a inauguração da refinaria constitui um momento único, ímpar para aquela província do enclave norte de Angola.

Lusa Agência de notícias
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