Angola vai aumentar a sua quota de produção de petróleo nos próximos meses por forma responder à baixa na produção de crude na Líbia e alguma instabilidade no Médio Oriente.

No anúncio do projeto foi dito que Luanda explora assim as potencialidades que a sua estabilidade oferece para continuar com a exploração de um recurso cada vez mais procurado para potenciar economias nascentes e não só.

Sonangol em colaboração com a British Petroleum

Assim, Angola através da sua concessionária de combustíveis a Sonangol e a British Petroleum do Reino Unido estabeleceram um acordo para o aumento gradual, nos próximos meses, da sua exploração em blocos petrolíferos que estão localizados em águas ultra-profundas de Angola.

Para tal há um investimento de mais de dez mil milhões de dólares em trabalho de prospeção, por um lado e na construção de um navio de grande porte que visa trabalhar na produção e descarga de petróleo.

Martim Morris é o diretor regional da British Petroleum: „Este desenvolvimento é o maior em águas profundas, no mundo inteiro. É muito importante para a BP e também para Angola porque vamos alcançar finalmente uma produção de 150 mil barris por dia. A produção vai começar no fim deste ano.”

O desafio destes dois parceiros na exploração de petróleo angolano vai ser trabalhar com tecnologia de ponta em águas ultra-profundas. O aspeto técnico está acautelado, segundo Martin Morris da BP;

“Estamos a construir um projeto que é o maior do mundo. Vamos alcançar uma produção de 150 mil barris por dia; vamos operar esse navio no bloco 31 . No projeto total vamos gastar mais de 10.000 milhões de dólares”.

A crise na Líbia aumentou a procura na África Ocidental

Nos meios económicos comentava-se nos últimos dias que com a ausência do petróleo líbio devido à guerra civil, haveria preferência pela África Ocidental, concretamente Angola e Nigéria.

Angola é um dos maiores exploradores de petróleo na África sub-sahariana. A atividade de prospeção e pesquisa de Hidrocarbonetos iniciou-se em Angola em 1910.

Autor: Manuel Vieira (Luanda) / Carlos Martins

Revisão: António Rocha