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Aquacultura gera empregos em Moçambique

Bernardo Jequete (Chimoio)
16 de junho de 2018

Projeto de Promoção de Aquacultura de Pequena Escala está a ser implementado em Sofala e Manica e deve ser base para desenvolvimento do setor. Beneficiários falam em melhorias financeira e alimentar.

Mosambik Projekt zur Förderung der Aquakultur (ProAQUA)
Tanques piscícolas do projeto ProAQUAFoto: DW/B. Jequete

O Governo moçambicano, através do Fundo Internacional de Desenvolvimento de Agricultura (FIDA), está a investir 3,4 milhões de dólares norte-americanos para potenciar a criação de peixes em tanques.

A iniciativa, que foi lançada em 2014 e termina em novembro deste ano, está a ser implementada nos distritos de Gondola, Macate, Mossurize e Sussundenga, na província de Manica, e Gorongosa, em Sofala.

Lebson Tsanguirene, beneficiário do Projeto de Promoção de Aquacultura de Pequena Escala (ProAQUA), no distrito de Gondola, disse beneficiar da iniciativa que visa a comercialização de peixes, porque está a ajudar no combate à pobreza.

Jossino Rafael, criador de peixes em MossurizeFoto: DW/B. Jequete

"Para abertura dos tanques, os responsáveis do setor ajudaram-nos com material - como pás, enxadas, picaretas, e carrinha de mão - bem como na formação sobre a criação de peixes e suas vantagens," descreveu.

"Para nós a iniciativa está a ajudar-nos muito, porque estamos a melhorar a nossa dieta alimentar para além de arrecadarmos algum rendimento familiar", revelou.

Outro criador de peixes em tanques piscícolas em Mossurize, Jossino Rafael, enalteceu o esforço do Governo moçambicano com a implentação do projeto, visto a situação financeira e alimentar dos associados ter melhorado sensivelmente.

"O trabalho que estamos a fazer é de promover a piscicultura no distrito de Mossurize e o que se espera é melhorar a vida da comunidade e a dieta alimentar. Na associação Pasi ne Nzara, contamos com 42 tanques e ela é composta por 40 membros. Recebemos 10.500 alevinos [peixes que acabaram de deixar a fase de larva] e esperamos produzir uma tonelada e 92 quilos, dependendo do ciclo," explicou.

Aquacultura para combater pobreza em Moçambique

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Apoiar as famílias e desenvolver o setor

Já o diretor provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas de Manica, Juvêncio Rosário Quim, disse que os piscicultores têm estado a receber kits de iniciação, apoio técnico, fornecimento de ração para os alevinos, para além de formação para as comunidades, visando torná-las auto-suficientes na produção do peixe.

"É um projeto financiado em 87% pela União Europeia através do FIDA e o restante é contribuição do Governo de Moçambique, para desenvolver aquacultura de pequena escala e apoiar as famílias moçambicanas a desenvolver esta atividade que é importante para a segurança alimentar e nutricional," explicou.

"O projeto visa desenvolver aquacultura na província de Manica, apoiar as famílias que praticam essa atividade," concluiu Rosário Quim.

Juvêncio Rosário Quim, diretor provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas de ManicaFoto: DW/B. Jequete

Por seu lado, o diretor-geral do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura, Fernando Momade, explicou que os resultados obtidos até então são encorajadores, atendendo que se trata de um projeto-piloto que está a servir de base para ajudar na definição do modelo de intervenção para o desenvolvimento da aquacultura em Moçambique.

Esse é um projeto que tinha que nos ajudar naquilo que é a estratégia para promover o desenvolvivento da aquacultura do país. A partir destes resultados, vamos definir o projeto de implementação

Refira-se que abertos desde 2014, ano em que foi lançado o projeto, até o momento, já foram abertos 1.113 tanques piscícolas, dos quais 312 em Gorongosa - onde foram produzidas pouco mais de 102 toneladas de peixe.

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