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Arranca recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau

Lusa
10 de dezembro de 2022

Em declarações, na manhã deste sábado (10.12), o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam apelou aos guineenses para se recensearem para as próximas eleições legislativas no país, ainda sem data marcada.

Guinea Bissau Wahlen Präsidentenwahl  2. Runde
Foto ilustrativa - Eleições presidenciais na Guiné-Bissau, dezembro 2019Foto: DW/B. Darame

Apesar das críticas da oposição, o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral da Guiné-Bissau inicia, este sábado (10.12), o recenseamento eleitoral dos cidadãos guineenses a partir dos 18 anos para as eleições legislativas ainda sem data, mas que deverão decorrer em 2023. 

Esta manhã, o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam apelou à participação dos guineenses nas eleições.

"Tendo em vista a organização e realização das próximas eleições legislativas no país, arrancou hoje em toda extensão do território nacional o recenseamento eleitoral dos cidadãos com capacidade eleitoral ativa", refere Nuno Gomes Nabiam, numa mensagem na rede social Facebook.

"Nesta ordem de ideia, venho apelar a todos os nossos cidadãos que tenham idade requerida por lei para se recensearem dentro dos prazos fixados pela nossa administração eleitoral", acrescenta o primeiro-ministro guineense, que se encontra em Luanda a participar na décima cimeira da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi o primeiro cidadão a realizar o recenseamento numa cerimónia, que decorreu na sexta-feira (09.12), na cidade de Gabu, no leste do país.

Na ocasião, o chefe de Estado apelou aos guineenses para se recensearem para votarem, única forma de sancionar ou apoiar os partidos políticos do país.

"Todos os filhos da Guiné-Bissau que querem sancionar ou dar o seu voto de confiança aos partidos políticos ou ao Presidente da República podem fazê-lo com o cartão de eleitor para exercer o seu direito de cidadania e isso é muito importante porque vamos realizar legislativas", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado salientou que nas "urnas é que se dá o poder e nas urnas é que sanciona também, não é com armas".

"As pessoas têm de aceitar a democracia e expressão da vontade da maioria", disse.

O Presidente guineense dissolveu a Assembleia Nacional em maio e marcou eleições legislativas para 18 de dezembro, mas o Governo, após encontros com os partidos políticos, propôs que fossem adiadas para maio.

Umaro Sissoco Embaló prometeu sexta-feira que em breve vai marcar a nova data das legislativas.

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