O tunisino Anis Amri, principal suspeito do atentado na segunda-feira em Berlim num mercado de Natal, foi morto por policiais numa cidade nos arredores de Milão. A notícia foi confirmada pelas autoridades italianas, que identificaram o suspeito mediante as impressões digitais.

Por volta das 20h (hora local) da segunda-feira (19/12), um camião invadiu um mercado de Natal na Breitscheidplatz, uma das praças principais do bairro de Charlottenburg, no centro de Berlim. A praça fica ao pé da Igreja Memorial do Imperador Wilhelm, símbolo da destruição da Segunda Guerra Mundial. Próximos dali ficam a estação de comboios "Zoologischer Garten" e a avenida Kurfürstendamm.

O camião subiu a calçada e avançou cerca de 80 metros para o interior do mercado de Natal. A polícia parte do princípio de que se trata de um crime premeditado e fala em "ataque terrorista". O caminhão foi rebocado do local para recolher provas.

A polícia confirmou a morte de 12 pessoas. Pelo menos outras 48 ficaram feridas, algumas delas em estado grave. As equipas de resgate montaram tendas de emergência no local. Um passageiro de nacionalidade polaca na cabine do camião, foi morto a tiros, segundo a polícia. O mais provável é que o terrorista o tenha matado quando roubou o camião.

As forças de segurança bloquearam as ruas de acesso à praça Breitscheidplatz, o local do atentado. Através das redes sociais, os investigadores pediram aos moradores de Berlim que não vão até o local do crime nem espalhem boatos.

Um suspeito foi detido na noite do atentado, mas foi libertado por falta de provas. No dia seguinte, a polícia encontrou documentos no lugar do atentado de um tunisino chamado Anis Amri. Nasceu no ano de 1992 em Tataouine e que teve o seu pedido de asilo na Alemanha rejeitado. Há indícios de contatos dele com islamistas radicais. Amri está em fuga. O Estado Islâmico reivindicou o atentado.

De acordo com as autoridades, as investigações foram encaminhadas à Procuradoria Federal, responsável por casos de terrorismo. O motorista foi capturado a dois quilómetros da feira de Natal. O caminhão tem placas da Polónia. Segundo relatos, a polícia trabalha com a hipótese de que ele tenha sido roubado.

A chanceler-federal alemã, Angela Merkel, declarou-se chocada e "muito triste" após a morte de 12 pessoas num dos maiores mercados de Natal em Berlim. Merkel classificou o atentado como "ataque terrorista". O Presidente da Alemanha, Joachim Gauck, mostrou-se chocado. "Esta é uma noite terrível para Berlim e nosso país", declarou.