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Moçambique: Ataque mata membro da Médicos Sem Fronteiras

nn
4 de fevereiro de 2023

A Médicos Sem Fronteiras está "em choque" depois da morte de um funcionário durante um ataque em Cabo Delgado. "Hoje é um dia muito triste para nós e para as nossas equipas", refere a organização em comunicado.

Foto ilustrativa de uma das missões da MSF em ÁfricaFoto: Mohamed Dayfour/MSF

"Esta manhã, durante um ataque na estrada entre Macomia e Pemba, perto de Mitambo, um funcionário da MSF foi ferido quando viajava durante o seu dia de folga em transportes públicos para visitar a sua família em Pemba. Poucas horas depois, o nosso colega faleceu enquanto recebia cuidados médicos, deixando para trás a sua mulher e cinco filhos", informa a Médicos Sem Fronteiras (MSF) em comunicado este sábado (04.02).

O funcionário em causa era motorista no projecto da MSF em Macomia e fazia parte da organização desde agosto de 2019.

"Hoje estamos de luto. Perdemos um colega que, como todos os funcionários, estava totalmente empenhado em ajudar famílias deslocadas, muitas vezes enfrentando riscos significativos. Hoje é um dia muito triste para nós e para as nossas equipas. Estamos a dar todo o apoio à família do nosso colegaʺ, disse Federica Nogarotto, chefe da Missão da MSF em Moçambique citada pela referida nota de imprensa.

"A MSF está alarmada com a violência contínua no norte de Moçambique e ataques indiscriminados que matam e ferem civis em Cabo Delgado regularmente. A MSF está a desenvolver actividades em Cabo Delgado desde 2019, incluindo cuidados primários de saúde, saúde mental e apoio psicossocial, distribuição de itens básicos, e actividades de promoção da saúde", conclui a nota.

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada marcada por diversos ataques. A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes.

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