Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, confirmou que pelo menos 14 pessoas morreram num ataque a um complexo hoteleiro de luxo. Forças de segurança mataram atacantes.
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O Presidente Uhuru Kenyatta confirmou, esta quarta-feira (16.01), num discurso difundido pela televisão, que "catorze vidas inocentes se perderam e outras pessoas ficaram feridas" num ataque ao complexo hoteleiro DusitD2, que inclui, para além de um hotel de luxo, bares, restaurantes e escritórios.
O grupo extremista Al-Shabab reivindicou a autoria do ataque, que começou na terça-feira, com a explosão de um carro-bomba conduzido por um extremista suicida, a que se seguiu uma outra detonação e um tiroteio no hotel. Entretanto, segundo o Presidente queniano, "todos os terroristas foram eliminados". Kenyatta não mencionou o número de atacantes.
Mais de 700 pessoas tiveram de ser retiradas das imediações do complexo hoteleiro durante a operação das forças de segurança. Mas, esta quarta-feira de manhã, o Presidente queniano encorajou os cidadãos a "regressar ao trabalho, sem medo".
Forças especiais quenianas entraram no hotel para neutralizar os atacantes. Ao início do dia, o ministro queniano do Interior anunciou na rede social Twitter que todos os edifícios do complexo se encontravam fora de risco.
A estação queniana Citizen TV divulgou imagens de videovigilância que mostravam, pelo menos, quatro atacantes fortemente armados com uniformes paramilitares.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou a morte de um cidadão norte-americano no ataque.
"Desigualdades Globais": pobreza ao lado de riqueza vistas de drones
O Global Media Forum (GMF) da DW é uma das maiores conferências de jornalismo na Alemanha. A edição de 2018 teve como lema as "Desigualdades Globais". Um destaque foi uma exposição de fotografias tiradas com drones.
Foto: Johnny Miller
Cidade do Cabo, África do Sul - Khayelitsha
O Global Media Forum (GMF) da DW é uma das maiores conferências de jornalismo na Alemanha. A edição de 2018 teve como lema "Desigualdades Globais". Um destaque foi a exposição "Unequal Scenes" ("Cenas Desiguais") de fotografias tiradas com drones pelo fotógrafo Johnny Miller, residente na Cidade do Cabo e fundador do projeto africanDRONE. Esta foto mostra o bairro pobre Kayelitsha à beira do mar.
Foto: Johnny Miller
Cidade do Cabo, África do Sul - Dunoon
Dunoon é um bairro pobre (township) em Milnerton, Cidade do Cabo. Tem uma população de cerca de 31.000 pessoas, mas faltam infraestruturas como uma equadra da polícia. Já foi palco de protestos xenófobos. A imagem foi captada através de um drone (aparelho voador não-tripulado) do fotógrafo Johnny Miller.
Foto: Johnny Miller
Cidade do Cabo, África do Sul - Wolwerivier
Wolwerivier é outro bairro da Cidade do Cabo. Neste caso, trata-se de um bairro temporário ("Temporary Relocation Area - TRA") administrada pelo município. Serve para albergar pessoas que tiveram que sair do centro por causa do aumento das rendas. Agora estão neste bairro isolado 25 kms do centro da cidade sem acesso a serviços como escolas, hospitais e empregos.
Foto: Johnny Miller
Johannesburgo, África do Sul - Makause
No bairro informal de Makause residem cerca de 15.000 pessoas. Fica em Primrose, Germiston no East Rand (Ekurhuleni Metropolitan Municipality) na área metropolitana de Johanesburgo, maior cidade da África do Sul. A África do Sul é um dos países do mundo com maior fosso entre ricos e pobres, legado do regime segregacionista. Mais de 25 anos depois do fim do apartheid, ainda se vê a divisão do ar.
Foto: Johnny Miller
Durban, África do Sul - Papwa Sewgolum Golf Course
O campo de golfe "Papwa Sewgolum Golf Course" está localizado nas margens verdes do Rio Umgeni em Durban, na África do Sul. Existe um bairro informal poucos metros do buraco número seis do campo de golf. Uma barreira de betão separa o relvado cuidadosamente cuidado do bairro de lata.
Foto: Johnny Miller
Nairobi, Quénia - Loresho/Kawangare
Para além da África do Sul, outros países africanos mostram os mesmos sinais de separação em bairros ricos e bairros pobres como neste caso de Loresho e Kawangare, na periferia de Nairobi. Ambos ficam no nordeste da capital do Quénia.
Foto: Johnny Miller
Mumbai, Índia - Slums
Na cidade indiana de Bombaim, oficalmente conhecida como Mumbai, o contraste entre os vários bairros até se vê pelas diferentes cores. A região metropolitana é a segunda maior do país, atrás de Grande Deli. Bombaim também é caraterizada pela convivência de ricos e pobres em espaços pequenos, já que a sua posição geográfica em ilhas limita a expansão urbana.
Foto: Johnny Miller
Cidade do México, México - Santa Fé
A Cidade do México é considerada uma das maiores do mundo. Neste caso, o drone captou a imagem do bairro de Santa Fé, onde agentes imobiliários começaram a erguer um bairro exclusivo e próspero dentro de uma zona tradicionalmente pobre.
Foto: Johnny Miller
Detroit, EUA - Highland Park
As desigualdades também são visíveis em países do norte, como neste caso de Detroit, nos Estados Unidos da América (EUA). Quem quiser ver mais imagens de drones do fotógrafo Johnny Miller, pode visitar o site: http://www.unequalscenes.com/