Ataque terrorista deixa pelo menos 20 mortos em Mogadíscio
Lusa | AP | EFE
14 de outubro de 2017
Camião armadilhado explodiu perto de hotel em rua movimentada da capital somali. Ataque considerado um dos piores dos últimos meses é atribuído ao grupo extremista Al-Shabab.
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Um ataque com camião armadilhado perpetrado perto de um hotel deixou pelo menos 20 mortos este sábado (14.10) em Mogadíscio, a capital da Somália. O atentado é atribuído ao grupo extremista Al-Shabab, mas os terroristas não assumiram a autoria do atentado.
Este é o ataque mais fatal em Mogadíscio desde as eleições de fevereiro. Pelo menos 15 pessoas ficaram feridos. O camião explodiu nas imediações do Safari Hotel, situado numa movimentada rua da capital somali no distrito de Hodan. O hotel também fica próximo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Somália.
Luta por sobrevivência na Somália
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Segundo o capitão da polícia de Mogadíscio, Mohamed Hussein, o camião tinha suscitado suspeitas e estava a ser seguido por agentes no momento em que explodiu.
De acordo com os meios de comunicação locais, os hospitais da região estão superlotados e a maior parte dos afetados pela explosão são civis, sobretudo vendedores ambulantes.
O Al-Shabab está a intensificar os ataques contra bases militares no sul e centro do país. A explosão ocorre dois dias depois de um encontro entre o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed Farmajo, e expoentes do comando dos Estados Unidos na África e de dois membros do alto escalão do governo – o ministro da Defesa, Abdirashid Abdullahi Mohamed, e o chefe das Forças Armadas, Ahmed Jimale, deixarem os cargos.
Os EUA tem efetuado ataques com drones contra os fundamentalistas islâmicos e dado apoio ao governo da Somália e a uma missão da União Africana no país com 20.000 soldados para conter o terrorismo.
Em março deste ano, o presidente americano, Donald Trump, deu ao exército americano mais poder para continuar a guerra anti-terror na Somália. Desde então, aconteceram 13 missões com a participação norte-americana: três operações terrestres e dez ataques aéreos.
Missões de paz da ONU em África
Os capacetes azuis da Organização das Nações Unidas têm intervido em vários países africanos. A MONUSCO, missão de paz da ONU na República Democrática do Congo, é a maior e mais cara de todas. Mas há várias.
Foto: picture-alliance/AA/S. Mohamed
RD Congo: a maior missão da ONU
Desde 1999, que a Organização das Nações Unidas (ONU) tenta pacificar a região oriental da República Democrática do Congo (RDC). A missão conhecida como MONUSCO conta com cerca de 20 mil soldados e um orçamento anual de 1,4 mil milhões de euros. Ainda que esta seja a maior e mais cara missão da ONU, a violência no país persiste.
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Darfur: impotente contra a violência
A UNAMID é uma missão conjunta da União Africana e da ONU na região de Darfur, no Sudão, considerada por alguns observadores um fracasso. “O Conselho de Segurança da ONU deve trabalhar mais arduamente para encontrar soluções políticas, em vez de gastar dinheiro no desdobramento militar a longo prazo”, afirmou o especialista em segurança, Thierry Vircoulon.
Foto: picture-alliance/dpa/A. G. Farran
Sul do Sudão: fechar os olhos ao conflito?
A guerra civil no Sul do Sudão já fez com que, desde 2013, mais de quatro milhões de pessoas abandonassem as suas casas. Alguns estão abrigadas em campos de ajuda da ONU. Mas, quando os confrontos entre as forças do Governo e os rebeldes começaram na capital Juba, em julho de 2016, os capacetes azuis não foram bem sucedidos na intervenção.
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Mali: mais perigosa missão da ONU no mundo
As forças de paz da ONU no Mali têm estado a monitorizar o cumprimento do acordo de paz realizado entre o Governo e a aliança dos rebeldes liderada pelos tuaregues. No entanto, grupos terroristas como o AQMI continuam a levar a cabo ataques terroristas que fazem com que a Missão da ONU no Mali (MINUSA) seja uma das mais perigosas do mundo. A Alemanha cedeu mais de 700 militares e helicópteros.
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RCA: abusos sexuais fazem manchetes
A missão da ONU na República Centro-Africana (MINUSCA) não ajudou a melhorar a imagem das Nações Unidas no continente africano. As tropas francesas foram acusadas de abusar sexualmente de crianças pela campanha Código Azul. Três anos depois, as vitimas não têm ajuda da ONU. Desde 2014, 10 mill soldados e 1800 polícias foram destacados para o país. A violência diminuiu, mas a tensão mantém-se.
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Saara Ocidental: Esperança numa paz duradoura
A missão da ONU no Saara Ocidental, conhecida por MINURSO, está ativa desde 1991. Cabe à MINURSO controlar o conflito existente entre Marrocos e a Frente Polisário que defende a independência do Saara Ocidental. Em 2016, Marrocos, que ocupa este território desde 1976, dispensou 84 funcionários da MINURSO após um discurso do secretário-geral da ONU que o país não aprovou.
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Costa do Marfim: um final pacífico
A missão da ONU na Costa do Marfim cumpriu o seu objetivo a 30 de junho de 2016, após 14 anos. As tropas têm vindo a ser retiradas, gradualmente, o que, para o ex secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, significa “um ponto de viragem das Nações Unidas na Costa do Marfim”. No entanto, apenas depois da retirada total das forças e a longo prazo é que se saberá se a missão foi ou não bem sucedida.
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Libéria: missão cumprida
A intervenção da ONU na Libéria chegou ao fim. Desde o fim da guerra civil, que durou 14 anos, que a Missão da ONU na Libéria (UNMIL) tem assegurado a estabilidade na Libéria e ajudado a construir um Estado funcional. O Governo do país quer agora garantir a segurança da Libéria. O país ainda está a lutar com as consequências de uma devastadora epidemia do Ébola que o assolou.
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Sudão: Etiópia é promotora da paz?
Os soldados da Força de Segurança Interina da ONU para Abyei (UNISFA) patrulham esta região, rica em petróleo, e que, tanto o Sudão, como o Sudão do Sul, consideram ser sua. Mais de quatro mil capacetes azuis da Etiópia estão no terreno. A Etiópia é o segundo maior contribuinte para a manutenção da paz no mundo. No entanto, o seu exército é acusado de violações de direitos humanos no seu país.
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Somália: Modelo futuro da União Africana?
As forças de paz da ONU na Somália estão a lutar sob a liderança da União Africana numa missão conhecida como AMISOM. Os soldados estão no país africano para combater os islamitas al-Shabaab e trazer estabilidade ao país devastado pela guerra. Etiópia, Burundi, Djibouti, Quénia, Uganda, Serra Leoa, Gana e Nigéria contribuem com as com suas tropas para a AMISOM.