Ataques terroristas no Burkina Faso provocaram 16 mortos
Lusa | AFP
3 de março de 2018
Fontes oficiais francesas confirmaram este sábado (03.03) que os recentes ataques ocorridos em Ouagadougou provocaram 16 mortos - oito elementos das Forças Armadas burkinabés e oito assaltantes - e 12 feridos.
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Uma fonte oficial francesa confirmou este sábado (03.03) que os ataques desta sexta-feira (02.02) contra o Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) do Burkina Faso e a embaixada de França em Ouagadougou causaram 16 mortos 12 feridos. Entre as vítimas mortais estão oito elementos das Forças Armadas burkinabés e oito assaltantes.
Primeiro-ministro "revoltado”
Esta manhã, após visitar a sede do EMFA local, um dos alvos do atentado e que está localizada na capital do país, o primeiro-ministro burkinabé, Paul Kaba Thiéba, disse ter visto "cenas apocalípticas" e prestou homenagem aos soldados mortos nos ataques. "Eu Expresso a minha emoção e o meu sentimento de revolta depois de ter visto cenas horríveis", começou por afirmar, acrescentando que "condena veemente o atentando terrorista, cobarde” que, "mais uma vez, semeou inutilmente a morte e a desolação. Tenham confiança nas nossas instituições no combate a estes inimigos, que não passam de terroristas", disse.
Paul Kaba Thiéba garantiu ainda que o governo irá implementar "novas medidas para proteger as instituições” de forma a "antecipar o modus operandi dos terroristas”.
Já Xavier Lapeyre de Cabanes, embaixador de França em Ouagadougou, garantiu que os ataques não vão dividir os dois países, mas sim reforçar a cooperação militar bilateral. Por considerar que se tratava de uma "possível tentativa de homicídio terrorista", a secção antiterrorista da Procuradoria francesa abriu um inquérito ao ataque, disse o embaixador à AFP.
Mais de 70 mortes desde 2015
Nos últimos anos, a capital do Burkina Faso tem sido frequentemente palco de vários atentados de autoria "jihadista”. No dia 13 de agosto do ano passado, dois atacantes abriram fogo num restaurante na avenida principal de Ouagadougou, matando 19 pessoas e ferindo 21. O ataque até hoje não foi reivindicado.
Em janeiro de 2016, outras 30 pessoas perderam a vida, incluindo seis canadenses e cinco europeus, num outro ataque jihadista num hotel e restaurante no centro da cidade. A autoria foi reivindicada por um grupo chamado Al-Qaeda no Magrebe islâmico.
De acordo com os dados mais recentes do Governo burkinabé, desde 2015 até hoje, morreram mais de 70 pessoas devido a ataques de grupos "jihadistas".
Estado Islâmico destrói Património Mundial
Palmira foi em tempos uma cidade próspera no meio do deserto. Mas a ira dos extremistas do Estado Islâmico deixou-a em ruínas. Outros patrimónios da humanidade tiveram um destino parecido: por exemplo Tombuctu, no Mali.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Antes e depois dos radicais
Resta pouco da antiga cidade-oásis de Palmira, Património da Humanidade: as termas, as avenidas de colunas e os templos majestosos foram destruídos. Em 2015, os extremistas do Estado Islâmico deitaram abaixo o templo de Baal. O fotógrafo libanês Joseph Eid mostra uma fotografia de 2014 em frente às ruínas - as imagens de Eid estão em exposição no Museu Kestner, em Hanover, no norte da Alemanha.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eid
Destroços por todo o lado
Outras zonas de Palmira também foram destruídas pelos radicais do Estado Islâmico, que saquearam a cidade. Estas fotografias foram tiradas em março de 2016. Por enquanto, ainda não se fala em reconstruir Palmira.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Militares protegem Palmira
As tropas governamentais sírias reconquistaram Palmira. E, diariamente, desde março de 2017, militares patrulham as ruínas da cidade contra novos ataques dos radicais do Estado Islâmico. A imagem mostra os destroços do antigo Arco do Triunfo, que foi destruído quase por completo.
Foto: REUTERS/O. Sanadiki
Tombuctu, no Mali
Estes minaretes de argila, típicos do Mali, foram destruídos pelos extremistas do Estado Islâmico em 2012. Entretanto, foram reconstruídos à imagem dos antigos edifícios históricos. O Tribunal Penal Internacional, em Haia, instaurou um processo contra um extremista devido à destruição do Património Mundial.
Foto: picture-alliance/dpa/E.Schneider
Mar Elian, na Síria
O antigo mosteiro de Mar Elian, construído por cristãos a sudeste da cidade de Homs, foi em tempos um edifício magnífico, reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade. Mas militantes do Estado Islâmico também destruíram o mosteiro.
Foto: picture-alliance/dpa/Islamischer Staat
Destruição e propaganda
Não é possível verificar integralmente a autenticidade desta cena. Esta é uma imagem retirada de um vídeo propagandístico do Estado Islâmico, que mostra alegadamente os muros do mosteiro de Mar Elian a serem destruídos por bulldozers. Entretanto, militares sírios reconquistaram a cidade de al-Qaryatain e o mosteiro deverá ser reconstruído.
Foto: picture-alliance/dpa
Hatra, no Iraque
No início de 2015, extremistas do Estado Islâmico também destruíram algumas zonas da antiga cidade de Hatra, ex-capital do primeiro reino árabe - a fotografia mostra a cidade antes do ataque. Também foram destruídas estátuas milenares da época dos assírios em Mosul, no norte do Iraque, e na antiga cidade de Nínive. A cidade histórica de Nimrud terá sido demolida com bulldozers.
Foto: picture-alliance/N. Tondini/Robert Harding
Bamiyan-Tal, destruída pelos talibãs
Em 2001, os talibãs, do Afeganistão, destruíram estátuas do Buda de Bamiyan, que foram esculpidas em arenito vermelho no século VI. Só ficaram as covas onde elas estavam. Agora, as estátuas de 50 metros estão a ser reconstruídas com impressoras 3D.