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Ativista é espancado e detido na Guiné Equatorial

kg | Lusa | EFE
28 de outubro de 2018

Alfredo Okenve, vice-presidente da ONG Centro de Estudos e Iniciativas para o Desenvolvimento de Guiné Equatorial, foi agredido por supostos membros da polícia. Caso ocorre dias depois de libertação de opositores.

Foto: Getty Images/AFP/K. Desouki

Supostos integrantes da polícia da Guiné Equatorial detiveram e espancaram este domingo (28.10) o diretor de uma ONG do país, de acordo com opositores do regime de Teodoro Obiang, que está no poder desde 1979.

Alfredo Okenve é vice-presidente da ONG Centro de Estudos e Iniciativas para o Desenvolvimento de Guiné Equatorial (CEIDGE). O ativista teve o carro parado por dois homens que o tiraram do veículo "sob a mira de uma pistola" na localidade de Bata, informou a Associação para a Solidariedade Democrática com Guiné Equatorial (Asodegue).

O ativista foi espancado pelos dois agressores. "Depois, lhe disseram que estava preso. Quando Alfredo perguntou o motivo, os dois homens lhe deram uma surra em plena rua e na vista de todas as pessoas e o levaram arrastado", acrescentou a entidade.

Okenve foi encontrado horas depois e levado a um hospital. Embora tenha muitos hematomas, não sofreu lesões internas e recebeu alta.

Perseguições

Desde a independência da Espanha, em 1968, a Guiné Equatorial é acusada de prender e torturar dissidentes e de cometer fraudes eleitorais por parte de opositores e da comunidade internacional.

Teodoro Obiang está no poder na Guiné Equatorial desde 1979 Foto: picture-alliance/AA

Teodoro Obiang dirige o país com mão de ferro desde 1979, e a oposição tem escassa margem para atuar devido à falta de liberdades democráticas.

Na semana passada, 55 dos 81 prisioneiros perdoados pelo Governo da Guiné Equatorial no início deste mês, durante o Dia da Independência, foram libertados, segundo a televisão estatal.

Em julho, o Presidente Obiang decretou uma "amnistia total" a todos os prisioneiros políticos e de todos os opositores condenados ou interditos de atividade política.

De acordo com o diretor-geral das prisões, Pascasio Efa Obama, as 55 pessoas agora libertadas encontravam-se detidas na prisão de Black Beach, em Malabo. A libertação dos restantes prisioneiros vai continuar nas prisões de Bata e Evinayong, mas sem data confirmada.

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