Os filhos, cerca de 30, tinham-no como pilar da família: "Esse homem ensinou-nos que a vida é um combate permanente". O filho Rafael prefere desvalorizar a fama de atroz que o líder da UNITA tinha. Guarda coisas boas.
Publicidade
Jonas Savimbi foi morto em combate a 22 de fevereiro de 2002 em Lucusse, província de Moxico, Angola. O líder da UNITA, inicialmente um grupo de guerrilha e hoje maior partido da oposição do país, enfrentava as forças governamentais a quem deu muita "dor de cabeça" durante vários anos. Muito se fala sobre a sua coragem, inteligência, habilidades militares e visão enquanto político. Mas também se contam muitas histórias sobre um comportamento considerado até certo ponto desumano no palco de guerra. Mas esse homem com fama de cruel tinha família: dezenas de filhos e várias esposas. Como os seus filhos vêm esse lado duvidoso do pai? Conversamos com o filho Rafael sobre o lado mais íntimo do destemido Jonas Savimbi.
DW África: Passam 17 anos desde o assassinato de Jonas Savimbi. Como será lembrado esta figura no seio da sua família e do seu partido?
Rafael Savimbi (RS): Devo dizer que uma vez feita a exumação é sinal de que o processo foi despoletado e neste momento estamos praticamente a cuidar de todos os aspetos organizacionais e programáticos do ato da exumação, pelo que até ao nível partidário, a direção da UNITA praticamente consagra 2019 como o ano dedicado a Jonas Savimbi. Então, todos os programas e atos serão feitos a volta da figura de Jonas Savimbi até ao seu funeral condigno. O dia 22 de fevereiro deste ano será assinalado por um ato, por uma conferência nacional que vai falar da vida e obra de Jonas Savimbi a nível partidário. A nível da família também temos o nosso momento, que nos permite refletir, recolher, fazer balanços e sobretudo desejar que tudo corra bem e que também a sua alma descanse em paz.
DW África: A UNITA diz que o programa das exequias deve ser cumprido num ambiente de serenidade de espírito. Angola já vive isso?
RS: Não diria que Angola vive isso, mas precisa de viver isso. Nós passamos por momentos difíceis e seguramente que enterrar condignamente Jonas Savimbi também é um momento muito importante que deve ser aproveitado por todos para aprofundarmos a nossa reconciliação, para criarmos cada vez mais um ambiente sereno e pacífico para refletirmos com profundeza o nosso percurso e sobretudo também aproveitarmos esta oportunidade para lançarmos os grandes desafios de Angola de amanhã que têm a ver com questões económicas, de inclusão social, com questões de uma maior e melhor distribuição de renda nacional para no fundo melhorarmos as condições de vida dos cidadãos, afinal é esta a razão da luta de Jonas Savimbi.
DW África: É de conhecimento público que Savimbi teve vários filhos e também é de conhecimento público que alguns deles viveram fora de Angola. A união familiar terá ficado de alguma maneira ameaçada com a morte de Jonas Savimbi?
RS: Felizmente não, Jonas Savimbi foi praticamente o pilar da família, o denominador comum da família. Mas neste seu papel que desempenhou muito bem deixou uma base muito sólida que é uma base de unidade e solidariedade na família. Felizmente nós os irmãos conhecemo-nos todos, temos contacto permanente, partilhamos ideias e opiniões, estamos em contacto permanente, seja entre os que estão dentro ou os que estão fora. Felizmente essa questão não se coloca, somos uma família muito unida, irmãos unidos, que conhecem a sua história e que também sabem para onde querem ir. Foi esse homem que nos ensinou que a vida é um combate permanente e que aqueles que hoje podem estar a nossa testa podem passar amanhã e que outras gerações devem preparar-se permanentemente para estarem a altura dos desafios do que a vida nos for a oferecer.
Jonas Savimbi de Jonas Savimbi: "O que passou, passou..."
DW África: E como se manifesta isso, por exemplo, na condução do processo das cerimónias fúnebres?
RS: Este processo naturalmente é partilhado por todos, partilhamos a informação. Temos o nosso irmão mais velho, o engenheiro Cheya Savimbi, que está a coordenar o grupo dos irmãos, partilha ideias e opiniões. Cada um está a dar a sua opinião, contribuição para que tudo corra da melhor maneira possível. Felizmente esse é um ponto inquestionável, nós estamos bem, graças a Deus.
DW África: E quantos irmãos são?
RS: Somos trinta irmãos, não é um tabu.
DW África: Quantos vivem em Angola?
RS: Quase metade hoje, somos mais ou menos 16 a viver em Angola.
DW África: Em termos de atividade partidária, quantos estão filiados a UNITA?
RS: Estamos todos, com a exceção dos mais novinhos, mas praticamente nós todos somos membros da UNITA, mas na vida política ativa somos dois, com funções de revelo [na UNITA], eu e o meu irmão Tão Savimbi.
DW África: Vocês, filhos de Jonas Savimbi, processaram o fabricante do videogame "Call of Duty" por retratar o vosso pai como um imbecil e assassino. Em que pé está o processo?
RS: Ficou encerrado, infelizmente não ganhamos a causa. Mas ficou a ideia clara de que vamos defender a imagem e o bom nome do nosso pai seja quais forem as circunstâncias. De facto, aquele jogo não retrata quem seria o Jonas Savimbi.
DW África: E o livro de Emídio Fernando intitulado "Do lado errado da história" é algo com o qual a família Savimbi se identifique?
RS: Não, nós não nos identificamos porque hoje a história que é verdadeira, que é esta que só o tempo permite contar, está a dar razão a Jonas Savimbi, afinal ele nunca esteve do lado errado da história, é a máquina de propaganda que quis passar essa ideia. Mas na prática a história narrou acontecimentos reais que influenciaram a vida das pessoas durante um grande período, portanto não é a fabricar coisas, a história mostra que, de facto, a história está a dar razão a quem esteve do lado correto e verídico da história. Os que ontem diziam que Savimbi esteve do lado errado da história talvez estejam hoje eles desse lado, onde quiseram colocar o outro.
DW África: Jonas Savimbi é várias vezes associado a atrocidades no campo de guerra. É essa a imagem que tem do seu pai ou conhece algo completamente diferente?
RS: É preciso dizer que um conflito armado não é um banquete, não é uma festa, pelo que excessos acabam acontecendo. E tivemos um conflito armado aqui em Angola, mas felizmente o tempo está a demonstrar quem sempre criou condições para levar os outros para o conflito. Contudo, o momento que vivemos em Angola não se presta mais a essas condições, hoje nós todos estamos engajados num processo de reconciliação nacional onde temos de nos aceitar independentemente do que terá passado. Pelo que hoje o nosso discurso que está na moda é o discurso da reconciliação. O que passou passou, as pessoas não esquecem, mas temos que conduzir Angola de outra maneira.
José Eduardo dos Santos: Percurso do "eterno" Presidente de Angola
José Eduardo dos Santos faleceu a 08.07.2022 numa clínica em Barcelona, onde estava internado há vários dias. O ex-Presidente, que se despediu da política angolana em setembro de 2018, governou o país de 1979 a 2017.
Foto: Paulo Novais/EPA/dpa/picture alliance
Engenheiro petroquímico
Em 1961, aos 19 anos, José Eduardo dos Santos junta-se ao MPLA, o Movimento Popular de Libertação de Angola, que luta contra o colonialismo português. Em 1963, é enviado com uma bolsa de estudos para a União Soviética, onde frequenta um curso de Engenharia Petroquímica em Baku, capital do atual Azerbaijão. Dos Santos também tem aulas de comunicação militar e regressa a Angola em 1970.
Foto: picture-alliance/dpa
Antecessor Agostinho Neto
Angola torna-se independente em 1975 e mergulha diretamente numa guerra civil entre os três movimentos de independência: MPLA, UNITA e FNLA. A capital Luanda é controlada pelo MPLA. O seu líder Agostinho Neto assume a Presidência do país e instala um regime monopartidário de inspiração marxista. Dos Santos assume vários ministérios, incluindo os Negócios Estrangeiros e Planeamento Nacional.
Foto: picture-alliance/dpa
Aliança com países comunistas
Depois da morte de Neto a 10 de setembro de 1979, em Moscovo, dos Santos é eleito a 20 de setembro pelo MPLA como novo Presidente. Consolida a aliança entre Angola e os países do bloco comunista como a União Soviética e a República Democrática da Alemanha (RDA). Em 1981, dos Santos visita a RDA e é recebido pelo secretário-geral do Partido Socialista Unificado da Alemanha, Erich Honecker (à esq.).
Durante a visita à RDA em 1981, dos Santos passa pelo Muro de Berlim, na Porta de Brandemburgo, símbolo da "Guerra Fria" e da separação do mundo em dois blocos. Angola é um dos países onde o confronto entre os blocos comunistas e liberais se transforma numa "Guerra Quente". Os países comunistas querem evitar uma vitória da UNITA, apoiada pela África do Sul e pelos Estados Unidos da América.
Foto: Bundesarchiv
Soldados cubanos
Em apoio militar ao Governo do MPLA, Cuba envia soldados a Angola. Os 40 mil soldados cubanos têm um papel decisivo para travar o avanço das tropas da UNITA e da África do Sul. Na foto: Soldados cubanos em Cuito Canavale no ano de 1988, uma das maiores batalhas da guerra civil. Três anos mais tarde, é assinado um primeiro acordo de paz na localidade de Bicesse, no Estoril, em Portugal.
Foto: picture-alliance/dpa
Mais guerra apesar de acordo de paz
As primeiras eleições de Angola tiveram lugar em 1992. O MPLA obteve maioria absoluta no Parlamento, mas dos Santos não conseguiu maioria absoluta na primeira volta das presidenciais. A UNITA e o seu candidato, Jonas Savimbi, não reconheceram os resultados por alegada fraude eleitoral. A segunda volta não teve lugar, pois a guerra recomeçou. Na foto: Soldados governamentais reconquistam Dondo.
Foto: picture-alliance / dpa
MPLA ganha terreno
Os EUA reconhecem o Governo do MPLA em 1993. O Ocidente perde o interesse na guerra civil em Angola após a queda do muro de Berlim. E, com o fim do apartheid, o regime de segregação racial na África do Sul, a UNITA perde outro aliado e fica cada vez mais isolada. O MPLA abandona a retórica comunista e torna-se capitalista, e as riquezas do petróleo fazem do partido um parceiro atrativo.
Foto: Jörg Böthling/Brot für die Welt
Opção militar prevalece
Em 1994, foi assinado outro acordo de paz em Lusaka, Zâmbia. Um ano mais tarde, dos Santos oferece o posto de vice-Presidente a Jonas Savimbi. Este recusa em 1997 e falha a formação de um Governo conjunto. A seguir, a guerra intensifica-se. Dos Santos aposta na opção militar e investe fortemente nas Forças Armadas. O núcleo duro do seu regime é formado por generais e pela Guarda Presidencial.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Aliança com Kabila no Congo
Com a sua intervenção militar na segunda guerra do Congo a partir de 1998, Angola presta um apoio decisivo a Laurent-Désiré Kabila, Presidente da RDC (Rep. Democrática do Congo). Com a nova aliança, o MPLA consegue eliminar uma retaguarda da UNITA. Dos Santos estabelece Angola como uma das principais potências militares e políticas na África Austral. Também envia soldados para o Congo-Brazzaville.
Foto: picture alliance/AP Photo/P.Wojazer
Vitória total sobre Jonas Savimbi
Um embargo internacional de armas enfraquece a UNITA, cada vez mais isolada. Pouco a pouco, o exército do Governo conquista espaço. A 22 de fevereiro de 2002, mata o líder da UNITA, Jonas Savimbi. Nesse ano, as duas partes assinam mais um acordo de paz. Termina finalmente uma das guerras civis mais sangrentas, com cerca de um milhão de mortos e quatro milhões de deslocados e refugiados.
Foto: AP
Vestígios da guerra
Anos mais tarde, ainda são visíveis os danos da guerra, como nesta foto de 2009. O desenvolvimento do país ficou atrasado, estradas e caminhos-de-ferro tiveram de ser reabilitadas, campos desminados. No enclave de Cabinda, província nortenha rica em petróleo, continua outra guerra. Mas, até hoje, o movimento separatista FLEC não consegue ameaçar seriamente o poder do MPLA em Cabinda.
Foto: gemeinfrei
Eleições adiadas e canceladas
Originalmente previstas para 1997, as segundas eleições legislativas da história de Angola só tiveram lugar em 2008. O MPLA obteve 81,6% dos votos, a UNITA 10,4%. Houve queixas de um clima de intimidação durante a campanha e de desorganização do pleito. As eleições presidenciais, prometidas para 2009, nunca se realizaram. Mesmo assim, dos Santos continua no poder.
Foto: Reuters
Esperanças goradas da Alemanha
Em 2011, a chanceler alemã Angela Merkel (à esq.) visita Angola, dois anos após a visita de dos Santos a Berlim. Há empresários alemães com muito interesse em investir em Angola. Mas poucos investimentos chegam a ver a luz do dia, nos anos seguintes. Angola continua a ser um parceiro difícil para a Alemanha. Há poucas empresas alemãs dispostas a enfrentar o ambiente de negócios angolano.
Foto: dapd
Repressão contra opositores
A partir de 2011, eclode uma onda de manifestações inspirada na Primavera Árabe. Os protestos foram brutalmente abafados pela polícia, vários ativistas detidos e condenados por alegado golpe de Estado. Em 2013, a Guarda Presidencial mata dois opositores a tiro. Membros da seita adventista "A Luz do Mundo" também são brutalmente perseguidos. A polícia é ainda acusada de execuções extra-judiciais.
Foto: DW/N. Sul d´Angola
Finalmente eleito, mas apenas indiretamente
Em 2010, o Parlamento muda a Constituição e elimina as presidenciais. A eleição passa a ser indireta: É eleito como Presidente o líder da lista mais votada nas legislativas. O MPLA vence as eleições de 2012 com 71,9% dos votos. Após 32 anos no poder, dos Santos ganha pela primeira vez legitimidade eleitoral, embora apenas de forma indireta. Observadores criticam desvantagens da oposição.
Foto: picture-alliance/dpa
Homem de família
Para além dos militares, a família é outro núcleo do poder de José Eduardo dos Santos, que teve vários casamentos. A sua esposa atual é Ana Paula dos Santos (foto), antiga modelo, que conheceu quando ela trabalhava como hospedeira no avião presidencial angolano. Casaram-se em 1991 e tiveram quatro filhos. Nas eleições de 2017, Ana Paula dos Santos será candidata a deputada nacional pelo MPLA.
Foto: Reuters
Filha é a mulher mais rica de África
Mas é Isabel dos Santos, filha do primeiro casamento com Tatiana Kukanova, uma russa campeã de xadrez que dos Santos conheceu em Baku, que tem maior protagonismo internacional. Através de uma licença de telecomunicações em Angola para a sua empresa Unitel, Isabel dos Santos construiu um império de negócios com atividades em Portugal e noutros países. É considerada a mulher mais rica de África.
Foto: picture-alliance/dpa
Filho administra fundo soberano
Em 2013, a nomeação de José Filomeno dos Santos, filho da segunda mulher de José Eduardo dos Santos, para liderar o Fundo Soberano de Angola gerou controvérsia. O fundo administra parte da riqueza petrolífera do país. O pai tem o apelido popular de "Zedú", o filho de "Zenú". A mãe de "Zenú", Filomena de Sousa, foi funcionária do Ministério dos Negócios Estrangeiros, quando dos Santos foi ministro.
Foto: Grayling
Luxo e riqueza do petróleo
Nos últimos anos, milhares de milhões de dólares entraram nos cofres de Angola, um dos maiores produtores de petróleo de África. A Avenida Marginal de Luanda é símbolo da nova riqueza. Mas muito dinheiro desapareceu das contas do Estado, acusam organizações não-governamentais como a Human Rights Watch. O Fundo Monetário Internacional também pediu mais transparência.
Foto: DW/N. Sul d'Angola
Parceria com a China
A China é o novo parceiro de eleição de José Eduardo dos Santos. O país torna-se no maior comprador do petróleo de Angola e concede vários créditos para financiar grandes projetos. Ao contrário do FMI e de outros parceiros, a China não exige transparência, nem reclama dos direitos humanos. Nascem novos bairros em Luanda como Kilamba Kiaxi (foto), financiada e construída por empresas chinesas.
Foto: cc by sa Santa Martha
Pobreza continua apesar da riqueza
Apesar das receitas milionárias do petróleo, Angola continua a ter graves problemas de pobreza. Mesmo na capital Luanda, há bairros sem saneamento como o de Kinanga (foto). Muitos serviços de saúde continuam fora do alcance dos mais pobres: Angola tem das maiores taxas de mortalidade infantil do mundo. O sistema de educação também é considerado inadequado para um país com tantos recursos naturais.
Foto: DW/N. Sul d'Angola
Homem discreto
José Eduardo dos Santos foi conhecido como um homem discreto. Entrevistas com ele são raríssimas. Não costumava dar conferências de imprensa e faz poucos discursos públicos. Nos últimos anos, esteve regularmente fora do país para longos tratamentos médicos em Barcelona, Espanha. Em África, os seus 38 anos no poder como chefe de Estado só foram superados por Teodoro Obiang da Guiné-Equatorial.
Foto: picture alliance/dpa/P.Novais
Sucessor como Presidente: João Lourenço
Depois de José Eduardo dos Santos anunciar que não seria candidato às eleições de 2017, o MPLA nomeou o ex-ministro da Defesa, João Lourenço, como candidato à sucessão. O MPLA ganhou as eleições de 23 de agosto e Lourenço é o novo Presidente de Angola. Mas dos Santos permaneceu por cerca de mais um ano na direção do partido e, deste modo, manteve uma considerável influência na política angolana.
Foto: Getty Images/AFP
Um ano mais tarde: sucessão no MPLA
Mesmo com José Eduardo dos Santos na chefia do MPLA, vários familiares seus perderam postos importantes: a filha Isabel foi exonerada como presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol e o filho Zenú deixou de chefiar o Fundo Soberano. A 8 de setembro, no congresso do partido, o seu sucessor na Presidência, João Lourenço (foto), assumiu a chefia do partido.
Foto: DW/Cristiane Vieira Teixeira
Tratamento em Espanha
Em 2019, José Eduardo dos Santos muda-se para Barcelona, em Espanha, para realizar com maior facilidade tratamentos numa das melhores unidades hospitalares europeias na valência de oncologia, que já tratava o ex-PR angolano há cerca de oito anos.
Foto: picture alliance/dpa
A morte do "eterno" líder angolano
Em 8 de julho de 2022, a Presidência angolana confirma a morte do ex-Presidente "após prolongada doença". Antes de falecer aos 79 anos, José Eduardo dos Santos passou duas semanas internado numa unidade de tratamento intensivo da clínica onde recebia tratamento médico em Espanha.