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Niassa no radar dos tubarões da política moçambicana

Conceição Matende
5 de setembro de 2023

Líderes políticos de dimensão nacional dos três maiores partidos de Moçambique vão à província de Nissa em clima de pré-campanha para as eleições autárquicas de 11 de outubro.

Foto de arquivoFoto: DW/S. Lutxeque

A pouco mais de um mês das eleições autárquicas em Moçambique, a temperatura política aquece em Niassa. Esta semana, líderes dos três maiores partidos políticos no país visitam a província nortenha para apresentarem os seus cabeças de lista.

Roque Silva, secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), começou a visita pela autarquia de Cuamba, onde os rivais da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) ganharam nas autárquicas passadas, em 2018.

A expetativa é que, este ano, a FRELIMO pode vencer, diz Basílio Assane, secretário provincial de Mobilização, Organizações Sociais e Comunicação Imagem do partido em Niassa. Pelo menos, a avaliar pela moldura humana nos últimos eventos da FRELIMO, acrescenta Assane.

"Como membros do nosso glorioso partido, partido maduro, partido forte, os camaradas estão a aderir e sempre que há esse tipo de evento a participação é maior," relata. "Com o trabalho que está sendo feito, vamos limpar todos municípios da província de Niassa".

Ossufo Momade: "Gostaríamos que a cidade de Lichinga pudesse pertencer à lista das cidades e vilas que a RENAMO está a dirigir"Foto: Marcelino Mueia/DW

RENAMO que ampliar abrangência

A RENAMO espera algo diferente. Nas autárquicas deste ano, o maior partido da oposição quer repetir o feito de 2018 não só em Cuamba, como também na capital provincial, Lichinga.

Ossufo Momade, o líder da RENAMO, também está de visita à província e frisa que o partido já tem experiência de governação noutras autarquias. Por isso, Lichinga não precisa de ter medo de votar na RENAMO, garante Momade, que apelou ao voto no cabeça de lista para a cidade, o professor aposentado Orlando Souza.

"Está nas vossas mãos. Nós temos confiança que esse vosso irmão vai poder resolver os problemas que afetam a vossa cidade, da mesma maneira que nós resolvemos noutras cidades onde estamos a governar," declarou Momade.

"Gostaríamos que a cidade de Lichinga pudesse pertencer à lista daquelas cidades e vilas que a RENAMO está a dirigir," afirmou o presidente do partido.

O MDM conquistou apenas uma autarquia nas eleições passadas, a cidade da BeiraFoto: Ismael Miquidade

MDM sonha ganhar em Lichinga

Luís Jumo, cabeça de lista da FRELIMO, procura a reeleição em Lichinga.

Nas eleições passadas, em 2018, a FRELIMO ganhou em 44 das 53 autarquias. A RENAMO venceu em oito, incluindo em Quelimane e Nampula, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) conquistou apenas uma autarquia, a cidade da Beira.

Esta semana, o presidente do segundo maior partido da oposição, Lutero Simango, está também na província de Niassa para apresentar os seus cabeças de lista. Pedro Batista, docente de uma escola técnica, candidata-se pelo MDM em Lichinga.

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