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Criminalidade

Autor de tiroteio em sinagoga dos EUA é acusado de 29 crimes

kg | EFE | Lusa
28 de outubro de 2018

Procuradoria da Pensilvânia irá pedir pena de morte ao agressor que matou 11 pessoas e deixou cinco feridos em templo na cidade de Pittsburgh. Trump diz que crime foi motivado por antissemitismo.

Norteamericanos fazem homenagem às vítimas em PittburghFoto: Getty Images/AFP/B. Smialowski

O atirador que matou 11 pessoas e deixou cinco feridas num ataque a uma sinagoga no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, este sábado (27.10), irá comparecer perante um juiz esta segunda-feira (29.10) para responder a 29 acusações.

"Onze acusações por assassinato de pessoas que estavam exercitando seu direito à liberdade de credo e 11 acusações por uso de arma de fogo para cometer assassinato. Todas estas acusações podem render pena de morte", detalhou o procurador-geral do oeste da Pensilvânia, Scott Brady, em entrevista coletiva na cidade de Pittsburgh, onde ocorreram os fatos.

Por não haver cúmplices e nem aparente intenção de propagar uma mensagem específica, a investigação contempla os atos de Robert Bowers como crimes de ódio e não como um caso de terrorismo.

"Nada indica que alguém colaborou com ele, por isso que enquadramos como um crime de ódio, mas seguimos investigando", acrescentou Brady.

As sete acusações restantes seriam relacionados com a troca de disparos que Bowers manteve com os agentes de segurança que compareceram ao local, três dos quais, explicou Brady, foram feridos no ataque.

No sábado de manhã, Robert Bowers entrou na sinagoga da Congregação da Árvore da Vida e começou a disparar de maneira indiscriminada contra os presentes ao mesmo tempo que gritava: "todos os judeus devem morrer". As vítimas tinham entre 54 e 97 anos de idade.

Reações 

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou fortemente o ataque. "O tiroteio é uma lembrança dolorosa da continuação do antissemitismo. Os judeus ao redor do mundo continuam sendo alvos por nenhuma outra razão que não seja a sua identidade. O antissemitismo é uma ameaça para os valores democráticos e a paz, e não deve acontecer no Século XXI", afirmou. 

Trump admite que crime foi motivado por antissemitismoFoto: picture-alliance/AP/A. Harnik

Em comunicado, Guterres fez uma convocação para que seja criada uma frente unida, com autoridades de todos os níveis, integrantes da sociedade civil, religiosos e líderes comunitários em geral, para desfazer as forças do racismo, do antissemitismo, da islamofobia e de outras formas de ódio, intolerância, discriminação, e xenofobia no mundo,

O Ministério das Relações Exteriores palestino rejeitou este domingo (28.10) "os ataques terroristas contra lugares sagrados de qualquer religião no mundo todo".

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou que o tiroteio deste sábado "definitivamente" parece ser um crime antissemita e lamentou que fatos como estes "continuem acontecendo" no país. "Definitivamente parece ser um crime antissemita. É algo que custamos a acreditar que continue acontecendo", disse. Pelo Twitter, Trump defendeu a pena de morte.

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