Um avião cargueiro russo, com seis pessoas a bordo, caiu este sábado (29.07) no aeroporto de São Tomé, quando tentava decolar com destino ao Gana. Cinco pessoas ficaram feridas no acidente. Não há vítimas fatais.
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O cargueiro russo "Antanov 74", com a matrícula UL-CKC, despistou por volta das nove horas da manhã, quando tentava deslocar com destino ao Gana, segundo informações do diretor-geral da Empresa Nacional de Segurança Aérea (ENSA), Hélder Paquete.
"O avião estava num processo de descolagem, houve algum problema e o comandante tentou abortar a descolagem e o avião despenhou-se na pista," disse Paquete, salientando que as causas do acidente ainda estão a ser investigadas.
A bordo encontravam-se seis pessoas, sendo quatro membros da tripulação e dois passageiros - todos de nacionalidade russa.
Uma equipa de bombeiros do aeroporto e da protecção civil prontamente interveio evitando a explosão da aeronave.
Pertença da companhia Cavok, da Ucrânia, o aparelho chegou na madrugada deste sábado (29.07) às ilhas de São Tomé e Príncipe.
Hélder Paquete sublinhou que o aparelho "encontrava-se em escala técnica [no país] desde a madrugada da passada quinta-feira [27.09]".
Atendimento às vítimas
Das seis pessoas que estavam no avião, cinco receberam primeira assistência ainda no aeroporto e mais tarde deram entrada no hospital Ayres de Menezes com algumas escoriações e ferimentos, mas nenhuma delas corre perigo de vida. No entanto, segundo a Agência Lusa, citando fonte da aviação civil são-tomense, um dos feridos terá de ser sujeito a uma intervenção cirúrgica.
O ministro são-tomense das infraestruturas, Carlos Vilanova, reuniu-se com os responsáveis do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) e da Empresa Nacional de Segurança Aérea (ENASA) e segundo fontes dessas instituições, foi criada uma comissão de inquérito para apurar as causas do acidente.
A caixa negra do avião já se encontra na posse das autoridades. Os restos do avião já começaram a ser removidos do aeroporto de São Tomé.
Insegurança nos táxis de São Tomé e Príncipe
Em São Tomé e Príncipe, andar de táxi pode não ser uma viagem agradável. Os táxis e mini-autocarros da capital, São Tomé, são conhecidos pelo grande número de acidentes e os proprietários enfrentam dificuldades.
Foto: DW/Ramusel Graça
Viaturas em más condições
Em São Tomé e Príncipe, andar de táxi pode não ser uma viagem agradável. Os táxis e mini-autocarros da capital, São Tomé, são conhecidos pelo grande número de acidentes. O parque automóvel está degradado, as dificuldades com a manutenção são um problema do dia-a-dia, associado ao aumento dos preços dos combustíveis. Ainda assim, o táxi continua a ser o ganha-pão de muitas famílias.
Foto: DW/Ramusel Graça
Milhares de passageiros por dia
Cerca de mil viaturas pintadas de amarelo concentram-se na Avenida Geovani, em São Tomé, que faz fronteira com os dois principais mercados Municipal e Coco Coco. São responsáveis pelo movimento diário de cerca de 17 mil pessoas. O parque automóvel é constituído na sua maioria por viaturas Toyota, que os taxistas dizem ser uma marca resistente.
Foto: DW/Ramusel Graça
Remendar e substituir
Claudino da Graça troca o pneu do seu carro. A sua viatura é quase uma anarquia de peças, fruto de vários remendos. Claudino sabe que a solução não é das melhores, mas garante que este carro é o único ganha-pão. A sua viatura, adquirida por empréstimo há já quatro anos, não oferece conforto ou segurança e clama por uma manutenção urgente. O barulho do motor e das chapas soltas não são bons sinais.
Foto: DW/Ramusel Graça
O perigo do "engenho"
Estas viaturas representam o sustento de muitas famílias e, por isso, os condutores enfrentam a estrada com coragem e engenho. Um litro de combustível custa cerca de um euro. Face ao baixo poder de compra, muitos taxistas improvisam depósitos alternativos, utilizando vasilhas de plástico altamente inflamáveis ao lado do motor. Quando o depósito fura, uma garrafa de litro resolve o problema.
Foto: DW/Ramusel Graça
Transporte de mercadorias
Os táxis que ligam o centro da ilha de São Tomé a aldeias no norte e no sul da capital abastecem os mercados logo pela manhã, com peixe e produtos hortícolas, pão e carvão. Os carros estão muitas vezes mal-conservados e circulam sobrecarregados. A viatura na foto tem a mala partida. Uma trave de madeira permite mantê-la aberta.
Foto: DW/Ramusel Graça
Do mar para o mercado: de táxi
Pescadores e peixeiras aproveitam os táxis coletivos para trazer peixe das cidades costeiras para a capital, São Tomé. O transporte é feito nas malas das viaturas, sem refrigeração. Um dia de trabalho para os taxistas que ligam zonas longínquas, incluindo a cobrança das cargas, representa cerca de 100 euros.
Foto: DW/Ramusel Graça
Concorrência em duas rodas
Muitos taxistas colocam a hipótese de abandonar a atividade, que em tempos foi um grande negócio. Aqueles que percorrem a periferia da capital chegam a faturar apenas dez euros num dia. E os moto-táxi (na foto) fazem concorrência aos taxistas são-tomenses.
Foto: DW/Ramusel Graça
Alternativa degradada
Neste arquipélago lusófono não existe uma linha regular de transportes públicos. A última, instituída em 2006, entrou em falência. Os taxistas não têm uma tarefa fácil: argumentam que o poder de compra dos são-tomenses baixou e a imagem das viaturas desmotiva os clientes. Na foto, táxis coletivos esperam por clientes junto à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no bairro de Água Grande.
Foto: DW/Ramusel Graça
Amarelo
Até que volte a haver uma linha regular de ónibus, os táxis e mini-autocarros continuam a ser a única alternativa para que não tiver uma viatura própria. Os transporte de pessoas e mercadorias na ilha de São Tomé depende dos 17.000 táxis pintados de amarelo, que circulam nesta república centro-africana.