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BAD disponibiliza a Angola 165 milhões de dólares

Lusa
31 de outubro de 2019

Financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) pretende diversificar a economia de Angola através da redução da dependência do petróleo. BAD espera melhoria na transparência das empresas públicas angolanas.

Sede do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Abidjan, na Costa do MarfimFoto: AFP/Getty Images/S. Kambou

O Banco Africano de Desenvolvimento aprovou esta semana um empréstimo de 165 milhões de dólares para ajudar a financiar a diversificação económica, reduzir a dependência do petróleo, substituir importações e estabilizar a economia de Angola.

"O programa pretende dar prioridade e promover a produção e exportação de produtos não petrolíferos e começar a substituir as importações através da diversificação", disse o diretor do departamento de governação e gestão das finanças públicas, Abdoulaye Coulibaly, em nota publicada pela agência de notícias Lusa esta quinta-feira (31.10).

O plano a três anos engloba três componentes, que são a melhoria da consolidação orçamental através de uma gestão melhorada das finanças públicas e reforma fiscal, a implementação acelerada do programa de diversificação, e uma melhor governação na gestão dos recursos naturais e reforma das empresas públicas, de acordo com a nota.

Produção de petróleo em Angola (Foto de arquivo/2003)Foto: MARTIN BUREAU/AFP/Getty Images

Estabilização económica

"O empréstimo vai contribuir significativamente para o plano de estabilização económica do Governo e levará a um melhor ambiente no setor privado", disse Abdoulaye Coulibaly, acrescentando que Angola está a passar por uma transformação da sua economia.

"Nos últimos dois anos temos sentido que as autoridades estão muito empenhadas em fazer mudanças, muitas medidas concretas foram tomadas, e esperamos que o programa vá ter um impacto positivo na estabilidade macroeconómica, diversificação económica e redução da pobreza", vincou o responsável.

Transparência

Para o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o empréstimo agora concedido também deverá melhorar a transparência das empresas públicas e aumentar a disponibilização de informação financeira e de indicadores de desempenho, o que levará a uma redução da necessidade de subsídios, considerou o responsável.

Na aprovação do empréstimos, os administradores do BAD defenderam a monitorização dos elevados níveis de dívida pública no país, estimada em 90% do PIB, mas que deverá reduzir-se para os 60% do PIB no final do período do programa, em 2022, o mesmo ano em que terminará o programa do Governo de reformas económicas em curso.

No documento, o BAD diz ainda que tem "fornecido apoio regular em áreas como a agricultura, desenvolvimento rural e ambiental, saúde e educação, água e saneamento, ajudando os esforços de desenvolvimento de Angola".

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