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Opositora de Patrice Talon condenada a 20 anos de prisão

Reuters
11 de dezembro de 2021

O Tribunal de Repressão das Infrações Econômicas e Terroristas (CRIET, sigla em francesa), no Benim condenou neste sábado (10.12) a principal opositora do Presidente Patrice Talon, por cumplicidade em atos de terrorismo.

Reckya Madougou
Foto: Erick Christian Ahounou/AFP

Reckya Madougou, de 47 anos, foi condenada a 20 anos de prisão depois de um julgamento que os seus advogados denunciam como sendo político, para parar o seu sucesso político.

"Este processo é um golpe político. Mesmo antes da sua prisão, tudo foi orquestrado", acusou o advogado Antoine Vey.

Os advogados de Madougou denunciam ainda, numa declaração pública que o julgamento da sua constituinte não incluiu testemunhas.

"O seu crime foi o de ter-se apresentado como uma alternativa democrática ao regime de Patrice Talon", indicou Vey.

A condenação de Madougou, uma antiga ministra da Justiça, acontece dias depois de outro dos principais adversários do Talon, Joel Aivo, ter sido condenado a 10 anos de prisão por conspiração contra o Estado e lavagem de dinheiro.

Patrice Talon acauso de perseguir seus opositores Foto: Bertrand Guay/AFP/Getty Images

Madougou foi detida em Março e acusada de financiar uma operação de assassinato de figuras políticas para impedir as eleições presidenciais de Abril passado, ganhas por Talon, para um segundo mandato com 86 por cento dos votos.

Grande parte dos partidos da oposição não participou da corrida eleitoral que foi marcada por violência.

 "Ofereço-me pela democracia”, Madougou

Pouco antes do anúncio da sentença, a opositora Reckya Madougou dirigiu-se ao tribunal, de acordo com um anúncio na sua página do Facebook.

"Ofereço-me pela democracia e se o meu sacrifício permitir a si, sr. Presidente do tribunal e aos seus colegas para recuperar a vossa independência em relação ao executivo, então não sofrerei em vão", escreveu Madougou.

Por outro lado, a ex-ministra que se havia declarado inocente na fase de julgamento, voltou mostrar-se chocada com as acusações do tribunal. “Nunca fui e nunca serei uma terrorista", afirmou Madougou.

No Benim grupos de direitos humanos e os opositores de Talon, acusam o estadista de reprimir as liberdades democráticas, desde que chegou ao poder em 2016.

Mas o Patrice Talon, nega que tenha os seus opositores como alvo, e muito menos reprimir os direitos humanos.

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