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Bissau: Presidente pede que erros "não se voltem a repetir"

Lusa
19 de julho de 2023

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, pediu esta quarta-feira (19.07) aos deputados para aprenderem com as "lições do passado" e que os "erros" que marcaram anteriores legislaturas "não se voltem a repetir".

Foto: Afolabi Sotunde/REUTERS

"A sala do plenário beneficiou de uma significativa obra de requalificação e ficou mais bonita e confortável, mas além da notável melhoria das condições físicas do trabalho parlamentar, também faz parte do conceito de requalificação o esforço dos deputados da Nação para aprenderem com as lições do passado", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado falava na cerimónia de reabertura do Palácio Colinas de Boé, onde funciona a Assembleia Nacional Popular, alvo de obras de requalificação apoiadas pela China.

"Chamo a atenção de todos para que os erros do passado, os graves erros que marcaram negativamente, quer a nona, quer a décima legislatura não voltem a repetir-se. Os bloqueios ao funcionamento do parlamento e as afrontas ao chefe de Estado com certeza não vão ser toleradas", avisou Umaro Sissoco Embaló, salientando que só assim se "qualifica e dignifica" a instituição parlamentar.

No seu discurso, o Presidente guineense lembrou também que este ano, a 24 de setembro, a Guiné-Bissau celebra os 50 anos de proclamação unilateral da independência.

"Depois de um longo período marcado por crises políticas, que geraram muita instabilidade interna e acentuada degradação da imagem externa do nosso país, a Guiné-Bissau conseguiu assegurar a sua estabilidade governativa, capaz de se projetar na comunidade internacional no lugar que merece e que dignifica toda a nossa comunidade", afirmou.

O Presidente reiterou também que vai "desenvolver nos termos da Constituição da República uma cooperação institucional frutuosa da Assembleia Nacional Popular, tendo em vista a consolidação do nosso Estado de Direito democrático".

Os 102 novos deputados da Guiné-Bissau, eleitos nas legislativas de 04 de junho, tomam posse a 27 de julho.

As legislativas foram ganhas pela coligação Plataforma da Aliança Inclusiva - Terra Ranka, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), presidido por Domingos Simões Pereira.

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