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Bissau: Umaro Sissoco Embaló quer eleições em março

1 de fevereiro de 2024

Em declarações à imprensa, Presidente interino da CNE fez saber que Sissoco Embaló lhe comunicou que quer que eleições se realizem até 31 de março. CNE alerta para a necessidade de atualizar os cadernos eleitorais.

Frankreich | Umaro Sissoco Embalo, Präsident von Guinea-Bissau
Foto: Michel Euler/AP/picture alliance

O Presidente interino da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, Npabi Cabi, fez saber, esta quarta-feira (31.01), que o Presidente Umaro Sissoco Embaló quer que as eleições legislativas se realizem até 31 de março.

Em declarações à imprensa, após uma audiência com o Presidente da República, Npabi Cabi garantiu que, "havendo fundos", a CNE tem condições técnicas para realizar o escrutínio. No entanto, o Presidente interino desta entidade alertou para a importância da atualização dos cadernos eleitorais.

"Como CNE aconselhámos que o caderno eleitoral fosse atualizado antes de partirmos para qualquer eleição este ano. É de lei e tem de ser cumprida, mas agora depende da parte política", disse.

Também em declarações, esta quarta-feira, o presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau,Domingos Simões Pereira, considerou que o Presidente da República está a ser um fator de instabilidade democrática

Em entrevista à Lusa no Parlamento Europeu, em Bruxelas, o líder do PAIGC sublinhou que "povo guineense pronunciou-se e é uma obrigação de todos os atores respeitarem essa vontade expressa".

Crise política

No início de dezembro, o Presidente da República decidiu dissolver o parlamento, depois de consultar o Conselho de Estado, quando a Constituição define que só o poderia fazer 12 meses após as eleições. 

Umaro Sissoco Embaló considerou na altura que houve uma tentativa de subversão da ordem constitucional com o patrocínio da Assembleia Nacional Popular por, na sua interpretação, falhar nas funções de escrutínio ao Governo. 

Em seguida, o Presidente demitiu o primeiro-ministro, Geraldo Martins, depois de este recusar formar um Governo de iniciativa presidencial, e nomeou, em substituição, Rui Duarte de Barros, episódios de uma crise que começou a ser desenhada na sequência de confrontos entre militares, nos passados dias 30 de novembro e 01 de dezembro. 

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