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Bissau: Detidos 22 polícias por espancamento mortal

Lusa
25 de outubro de 2023

Pelo menos 22 agentes da polícia foram detidos pelo alegado envolvimento num espancamento que resultou na morte de um cidadão. Liga Guineense dos Direitos Humanos pede "responsabilização" pelos factos.

Foto de arquivoFoto: DW/F. Txuma Camara

A justiça guineense ordenou a detenção de 22 agentes da polícia de uma esquadra de Bissau suspeitos de envolvimento na morte de um cidadão, segundo um comunicado do Ministério Público.

O órgão judiciário requereu à ministra do Interior, Adiato Nandigna, a detenção preventiva de 20 agentes por, alegadamente, terem participado no espancamento de um jovem de 18 anos, num campo de futebol, o qual acabaria por falecer dias depois.

No dia 20 de outubro, o Ministério Público já tinha ordenado a prisão preventiva de outros dois agentes, um chefe de operação e um auxiliar de esquadra.

Os factos terão ocorrido a 01 de setembro e a vítima morreu a 17 de outubro, no Hospital Nacional Simão Mendes, onde foi internada na data dos acontecimentos.

Os agentes fazem parte da Polícia de Ordem Pública (POP) da Sétima Esquadra no bairro de Plack 2, arredores de Bissau, lê-se na nota emitida hoje pelo Ministério Público, que saúda a colaboração da ministra do Interior.

Os detidos na Segunda Esquadra, sede da POP, no centro de Bissau, estão a ser ouvidos por um delegado do Ministério Público sobre se se mantém a sua prisão preventiva ou se serão restituídos à liberdade, notou ainda a fonte.

"Os agentes são suspeitos de cometimento de crimes de Atos Contra Liberdade Humana e de Homicídio Preterintencional punidos pelos artigos 103°, n°1, a) e 116°, todos do Código Penal Guineense, cuja moldura penal vai de 1 a 5 anos de prisão", sublinhou a nota do Ministério Público.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos, em comunicado a que a Lusa teve acesso, congratulou-se com a atuação do Ministério Público e encoraja as autoridades judiciárias no sentido de prosseguirem com as investigações para a responsabilização dos implicados no caso.

A organização apela ao Ministério Público para que promova investigações de outros acontecimentos semelhantes, nomeadamente, o espancamento, pela polícia, de um outro cidadão, no passado dia 04 deste mês, num bairro de Bissau, e que ficou com a clavícula partida.

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