Messi e Ronaldo travam uma luta acesa pelo melhor do ano no futebol há mais de 10 anos, mas há outros nomes na corrida ao lado do argentino e do português, como o holandês Virgil van Dijk e o senegalês Sadio Mané.
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O ex-jogador da Costa do Marfim Didier Drogba, mestre de cerimónias da edição de 2019, organizado pelo jornal France Football, vai anunciar ao final do dia desta segunda-feira (02.12) um novo vencedor ou o nome de um ilustre regular?
Em Paris, capital francesa, o português Cristiano Ronaldo está entre os candidatos à Bola de Ouro, mas o argentino Lionel Messi é o principal favorito para erguer, pela sexta vez, o troféu que distingue o melhor futebolista mundial do ano.
O avançado do FC Barcelona, que este ano já recebeu o ‘The Best' – prémio da FIFA para melhor do ano, pode conquistar a Bola de Ouro pela sexta vez, depois das conquistas de 2009, 2010, 2011, 2012 e 2015, e ficar, assim, um passo à frente do português da Juventus, que recebeu o galardão da revista France Football em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017. Messi venceu o campeonato espanhol, mas o Barcelona foi eliminado da Liga dos Campeões nas meias-finais.
Melhor marcador dos campeonatos europeus em 2018/19 (36 golos), Messi, de 32 anos, pode acumular os dois troféus, mas há que contar também com o central holandês Virgil van Dijk, de 28 anos, com 1,93 metro de altura e 92 quilos, – um dos sete nomeados do Liverpool campeão europeu – que já foi designado este ano melhor jogador da UEFA e não pode ser descartado na corrida à sucessão do croata Luka Modric. Van Dijk venceu com a equipa inglesa de Liverpool a liga milionária, na qualidade de um dos melhores defesas centrais do mundo.
Estreias
Entre os nomeados estreiam-se os portugueses Bernardo Silva, do Manchester City, e João Félix, campeão pelo Benfica e vendido no defeso por 126 milhões ao Atlético de Madrid, que é também candidato ao prémio Kopa, destinado a jogadores com menos de 21 anos, para o qual o defesa holandês Matthijs de Ligt (Juventus) é um dos grandes favoritos.
O senegalês Sadio Mané, que também joga no campeonato inglês com o Liverpool e vice-campeão de África com o Senegal, foi elogiado por muitos observadores e ex-jogadores como o sucessor de George Weah, o único jogador africano a conquistar a Bola de Ouro, em 1995.
Africano pode ganhar?
Mas "os meios de comunicação ocidentais dominam os nossos meios de comunicação africanos, pelo que há necessariamente uma influência. O ex-atacante camaronês Samuel Eto'o lamentou em entrevista à AFP, convencido de que "os jogadores africanos nem sempre são respeitados", "nem sempre são valorizados" pelos eleitores.
Na categoria feminina, a estrela do Mundial de 2019, a norte-americana Megan Rapinoe, tem como credenciais o prémio de melhor jogadora e melhor marcadora desse torneio, que os Estados Unidos venceram, e é a grande favorita a suceder à norueguesa Ada Hegerberg, igualmente nomeada, ao lado da também norte-americana Alex Morgan, da eterna brasileira Marta e da holandesa Lieke Martens.
Paris e o mundo aos pés de Modric, Hegerberg e Mbappé
O croata Luka Modric, do Real Madrid, juntou a Bola de Ouro ao prémio "The Best", coroando um ano em pleno. Ada Hegerberg, do Lyon, e Mbappé, do PSG, asseguram a qualidade do futuro do futebol.
Foto: Reuters/S. Perez
A noite mágica de Modric, Hegerberg e Mbappé
Luka Modric (croata do Real Madrid, 33 anos, Bola de Ouro 2018), Ada Hegerberg (norueguesa do Olympique Lyon, 23 anos, Bola de Ouro feminina), Kylian Mbappé (francês do Paris Saint-Germain, 19 anos, prémio Revelação de 2018). Um trio de luxo em Paris, simbolizando o presente e o futuro do futebol. A eleição da "France Football" continua prestigiada e ambicionada por todos os profissionais.
Foto: Reuters/B. Tessier
O ano de sonho de Modric
Para o croata, 2018 não podia ter corrido melhor. Tricampeão europeu de clubes com o Real Madrid, vice-campeão mundial com a sua seleção, melhor jogador da fase final do Mundial, melhor jogador da Champions League, prémio "The Best" da FIFA e, para colorário lógico, a Bola de Ouro da France Football. O primeiro lugar no alinhamento da revista francesa eleva Modric ao topo do planeta futebol.
Foto: Reuters/I. Alvarado
Hegerberg, a estrela polar
Tem apenas 23 anos, mas é já uma das maiores figuras do "planeta futebol". Ada Hegerberg joga em França há cinco anos, mas, antes de representar o Olympique Lyon, passou um ano na Alemanha, com a camisola do Turbine Potsdam. A avançada, em seis anos, jogou 66 vezes pela Noruega, tendo marcado 38 golos. Recebe a Bola de Ouro com os olhos postos no "Mundial" feminino, em França, daqui a meio ano.
Foto: picture-alliance/NTB Scanpix/V. Wivestad
Ronaldo: golos sim, seleção nem tanto...
A carreira aquém do esperado da seleção portuguesa no Mundial contribuiu para que Cristiano Ronaldo não conseguisse a sua sexta Bola de Ouro. O português esteve em grande no Real Madrid, vencendo a Champions League e batendo recordes como goleador, e continuou em pleno com a camisola da Juventus. Mas, em ano de Mundial, a ausência de Portugal dos quatro primeiros na Rússia terá sido decisiva.
Foto: imago/Insidefoto
Griezmann sobe a escada devagarinho
Antoine Griezmann, na terceira posição da Bola de Ouro, foi campeão do Mundo com a seleção de França, e apenas esse facto chegaria para o colocar entre os mais cotados de 2018. Mas ganhou também uma competição europeia de clubes (a Liga Europa, com o Atlético de Madrid). O avançado francês vem assumindo crescente importância no clube e na equipa nacional, e quer voar ainda mais alto.
Foto: Reuters/J. Medina
Mbappé, o "dourado" do futuro?
É um prodígio e promete fazer furor durante largos anos no "planeta futebol": Kylian Mbappé, o jovem gaulês que ganhou o prémio revelação (atribuído pela primeia vez pela "France Football"), deixa claro que, terminado o reinado de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, caber-lhe-á um papel determinante entre os melhores do jogo. Para já, e não é nada pouco, é campeão francês e campeão do Mundo.
Foto: picture-alliance/abaca/H. Szwarc
Messi, um ano na penumbra
Será talvez o derrotado do ano, mas, em boa verdade, era previsível que Lionel Messi fosse relegado para segundo plano em 2018. O astro argentino, que já ganhou o troféu por cinco vezes, diluiu-se no cinzentismo da sua equipa nacional durante o Mundial, e, apesar do título espanhol conquistado com o Barcelona, foi prematuramente afastado da Champions League. Demasiado pouco para os seus hábitos.
Foto: picture-alliance/Offside/M. Leech
Salah, o "faraó" promissor
Na Roma tinha já evidenciado a sua enorme qualidade, mas foi no Liverpool que "explodiu". Exibições convincentes e decisivas ao serviço dos "reds" levaram-no aos degraus mais altos da notoriedade, sendo hoje figura imprescindível na equipa de Jürgen Klopp. Quanto à seleção do Egito, ficou aquém do esperado e Mohamed Salah não fugiu à regra. Promete ainda muito, o "faraó" de Anfield.
Foto: picture-alliance/Sportimage/M. McNulty
Varane: forte, seguro e a progredir
Raphaël Varane tem vindo a construir uma carreira segura. Trata-se de um valor incontornável do Real Madrid, titular dos "merengues" e campeão do mundo pela França. Aos 25 anos, este "Beckenbauer dos tempos modernos" soma minutos de jogo e sucessos no palmarés. Não surpreende a inclusão do jovem nascido em Lille na lista dos melhores do mundo em 2018.
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Hazard ainda espera a "explosão"?
Na nova geração belga que tão boa conta de si deu no Mundial da Rússia, Eden Hazard sobressai. O seu futebol ofensivo, em progressão, de bola colada ao pé e olhos na baliza adversária fazem dele um dos melhores avançados do mundo. Titular no Chelsea, talvez ainda possa, apesar de já ter 27 anos, chegar um pouco mais longe nesta escala, talvez dependendo do que a Bélgica possa fazer no Euro 2020.
Foto: Reuters/T. Hanai
De Bruyne, outro valor seguro
Também joga na Premier League, também é um dos esteios da seleção do seu país: Kevin de Bruyne surge na nona posição da eleição da "France Football", um prémio para o seu bom ano, como campeão inglês com o Manchester City e titular entre os belgas terceiros classificados no Campeonato do Mundo. Com 27 anos, de Bruyne é garantia de sucessos nas equipas que representa.
Foto: Reuters/T. Hanai
Kane, o mundo à sua espera
Fecha o "top ten" da lista da Bola de Ouro de 2018, mas, nos próximos anos, pode surgir bem mais à frente. Harry Kane, com apenas 25 anos, é o melhor ponta-de-lança britânico da sua geração. O jogador do Tottenham comandou a seleção ao quarto posto na Rússia, e foi fundamental para o apuramento de Inglaterra para a "final four" da Liga das Nações, em junho de 2019. Ainda vai dar muito que falar!