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TerrorismoBurkina Faso

Burkina Faso regista milhares de deslocados após massacre

AFP
9 de junho de 2021

Primeiro-mnistro Christophe Dabire promete que ataque jihadista mais sangrento dos últimos anos "não ficará impune". ACNUR informa que 138 pessoas foram "executadas" e quase 40 ficaram gravemente feridas em incidente.

Symbolbild Burkina Faso  Mehr als 138 Tote bei Anschlag
Foto: Michel Cattani/AFP

O Governo da Burkina Faso disse esta terça-feira (08.06) que mais de 7 mil pessoas fugiram do Norte do país após o massacre mais sangrento perpetrado por uma insurreição jihadista nos últimos seis anos.

"Já foram adotadas medidas para dar [às pessoas deslocadas] um nível mínimo de conforto, alojamento e alimentação", disse o primeiro-mnistro Christophe Dabire, prometendo numa visita à zona que o ataque "não ficará impune".

Os conselheiros de Dabire disseram à AFP que 7.600 pessoas tinham fugido para Sebba, a capital da província de Yagha, a cerca de 15 quilómetros do local do ataque na aldeia de Solhan.

Em Genebra, Babar Baloch, porta-voz do ACNUR, disse que mais de 3.300 pessoas tinham fugido, incluindo mais de 2 mil crianças e mais de 500 mulheres, depois de homens armados terem invadido Solhan no sábado e matado civis.

Foto: Olympia De Maismont/AFP

Violência aumenta em seis anos

Pelo menos 138 homens, mulheres e crianças foram "executados" e quase 40 ficaram gravemente feridos, disse Baloch.  Fontes locais colocaram o número de mortos em pelo menos 160, marcando o ataque mais mortal desde que a violência Islamista eclodiu no país da África Ocidental em 2015.

O Ministro das Comunicações Ousseni Tamboura afirmou que a aldeia "foi completamente esvaziada". Um funcionário local eleito disse que a maioria dos que deixaram Solhan já tinham fugido da violência jihadista, incluindo no distrito de Mansila, a oeste. Os atacantes "queimaram quase tudo, casas, o mercado, a escola e o dispensário", acrescentou o funcionário.

O banho de sangue seguiu-se à matança de 14 pessoas na sexta-feira na aldeia de Tadaryat, na mesma região, onde os jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao grupo do Estado islâmico têm visado civis e soldados. As pessoas deslocadas "chegaram com poucos ou nenhuns pertences", disse Baloch, acrescentando que a maioria "foi generosamente acolhida por famílias locais que estão a partilhar o pouco que têm".

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